A estimativa dos agentes do mercado financeiro no Brasil para o Produto Interno Bruto (PIB), no fim de 2020 voltou a piorar, depois de nove semanas consecutivas de melhora.
As expectativas estão no Boletim Focus, que é divulgado toda segunda-feira pelo Banco Central e traz as expectativas do mercado para os principais indicadores econômicos do país. Hoje, excepcionalmente, foi divulgado na terça, por conta do feriado da Independência, ontem.
O ajuste ocorre após a queda de 9,7% na economia brasileira no segundo trimestre, informada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada.
PIB
O mercado prevê que o PIB brasileiro caia 5,31% neste ano, ante expectativa de 5,28% na semana passada.
Para o ano que vem, a estimativa de crescimento foi mantida em 3,50% pela 14ª semana consecutiva
Selic
A estimativa para a Selic neste ano foi mantida em 2% pela 7ª semana seguida.
Para a Selic no ano que vem, os economistas preveem uma taxa de 2,88%, mesma da estimativa da última semana.
No mês passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 2% ao ano. No comunicado, o Copom deixou uma frestinha aberta para a possibilidade de cortar a Selic mais uma vez em 2020.
Inflação
As projeções para a inflação, medida pelo indicador do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), subiu de 1,77% para 1,78% neste ano. Para o ano que vem, a projeção segue em 3% pela 12ª semana seguida.
A meta de inflação a ser perseguida pelo BC é de 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% para 2022, sempre com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Dólar
A expectativa para o dólar no final deste ano se manteve em R$ 5,25. Para o ano que vem, a estimativa permaneceu em R$ 5, mesmo nível por seis semanas.
Fonte: Valor Investe