Os agentes do mercado financeiro no Brasil voltaram a reduzir a expectativa de encolhimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano, pela quinta semana consecutiva.
O movimento recente acontece após 18 semanas seguidas de aprofundamento na perspectiva de queda do PIB e uma semana de estagnação no pessimismo.
As estimativas para a Selic neste ano e em 2021 foram mantidas.
As expectativas estão no Boletim Focus, que é divulgado toda segunda-feira pelo Banco Central e traz as expectativas do mercado para os principais indicadores econômicos do país.
PIB
O mercado prevê que o PIB brasileiro caia 5,66% neste ano, ante expectativa de 5,77% na semana passada.
Para o ano que vem, a estimativa de crescimento foi mantida em 3,50% pela 10ª semana consecutiva.
Selic
A estimativa para a Selic neste ano foi mantida em 2% pela quinta semana seguida.
O Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne nesta semana para decidir a nova taxa de juros. Em pesquisa conduzida pelo Valor Econômico com 87 consultorias e instituições financeiras, uma ampla maioria de 73 entrevistados projeta redução “residual” de 0,25 ponto percentual da Selic, o que levaria a taxa do patamar atual de 2,25% para 2% ao ano.
Para a Selic no ano que vem, os economistas preveem uma taxa de 3%, mesma estimativa das últimas sete semanas.
Inflação
As projeções para a inflação, medida pelo indicador do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), foi reduzida de 1,67% para 1,63% neste ano. Para o ano que vem, a projeção segue em 3% há sete semanas.
A meta de inflação a ser perseguida pelo BC é de 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% para 2022, sempre com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Dólar
A expectativa para o dólar no final deste ano se mantém em R$ 5,20 por sete semanas. Para o ano que vem, a estimativa permaneceu em R$ 5, mesmo nível por três semanas.
Fonte: Valor Investe