O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro acelerou para 1,15%. Em 2019, o índice fechou em 4,31%, informou nesta sexta-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa anual ficou acima do centro da meta definida pelo governo, que era de 4,25% com tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo (2,75%) ou para cima (5,75%).
A previsão dos economistas e instituições financeiras, expressa pelo último Boletim Focus, era que a inflação teria sido um pouco mais baixa, de 4,13%.
A inflação de 2019 superou a do ano anterior, que foi de 3,75%.
“O destaque ficou com as carnes, cuja variação acumulada no ano foi de 32,4%, com a maior parte do aumento nos preços concentrada no último bimestre (27,61%). Pesou também a alta nos planos de saúde (8,24%), por conta do reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A alimentação fora do domicílio também influenciou o índice, em função do aumento das carnes”, diz o gerente do IPCA, Pedro Kislanov, em nota.
A escalada do preço da carne, levada sobretudo pelo aumento das exportações para a China, pesou no grupo alimentos e bebidas, que registrou alta de 6,37% no ano.
Dos nove grupos de despesa pesquisados pelo instituto para compor o IPCA, alimentação e bebidas foi o que teve a alta mais relevante. Os demais grupos tiveram a seguinte taxa de inflação: habitação (3,9%), vestuário (0,74%), transportes (3,57%), saúde e cuidados pessoais (5,41%), despesas pessoais (4,67%), educação (4,75%) e comunicação (1,07%).
O único grupo a ter deflação foi artigos de residência, com taxa de -0,36% em 2019.
Fonte: Exame