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PIB acelera para 0,6% no 3º tri, puxado por serviços e indústria, diz IBGE

Terça, 03 Dezembro 2019

O Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre acelerou para 0,6% em relação ao período imediatamente anterior, informou o IBGE nesta terça-feira (03). Os setores de serviços e indústria puxaram o resultado. Pela ótica da demanda, consumo das famílias e investimento das empresas mostram movimento contínuo de recuperação.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2018, o aumento do PIB foi de 1,2%, a décima primeira alta consecutiva nesta base de comparação. No acumulado do ano, o crescimento foi de 1%. Em valores correntes, o PIB no terceiro trimestre de 2019 totalizou R$ 1,84 trilhão.

O IBGE também revisou os resultados dos trimestres anteriores, mostrando um crescimento maior do que havia sido divulgado. O PIB do segundo trimestre foi revisado para uma alta 0,5%, ante cálculo anterior de 0,4%, e o primeiro trimestre foi revisado para estabilidade, e não mais queda de 0,1%. O resultado também veio um pouco melhor do que estava sendo projetado por analistas do mercado financeiro.

No terceiro trimestre, serviços tiveram o maior impacto no PIB, pelo maior peso que representam, com avanço de 0,4% ante o trimestre anterior. Já a indústria cresceu 0,8%.

A maior alta trimestral foi da Agropecuária com crescimento de 1,3%. Na comparação anual, esse setor também liderou as altas, com avanço de 2,1%.

Nos serviços, os resultados positivos foram das atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,2%), comércio (1,1%), informação e comunicação (1,1%), atividades imobiliárias (0,3%) e outras atividades de serviços (0,1%).

Em relação ao terceiro trimestre de 2018, o setor de serviços mostrou avanço de 1%, com destaque para informação e comunicação, que avançou 4,2%, e comércio (atacadista e varejista), com alta de 2,4%.

O IBGE também destaca nesse segmento o avanço das atividades imobiliárias (1,9%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%) e outras atividades de serviços (0,9%).

Na indústria, o destaque foi para os setores extrativo, que avançou 12% em relação ao segundo trimestre, puxado pela extração de petróleo, e de construção, com avanço de 1,3%.

A taxa de investimento no terceiro trimestre ficou estável em relação ao mesmo período do ano anterior, a 16,3% do PIB.

Em relação ao terceiro trimestre de 2018, a indústria cresceu 1%, puxada principalmente pela construção (4,4%), a segunda expansão após vinte trimestres consecutivos de queda; e pelas indústrias extrativas (4%), resultado do crescimento da atividade de extração de petróleo e gás, destaca o IBGE.

A atividade industrial de transformação caiu 0,5% nessa comparação, influenciada, principalmente, pela queda da fabricação de celulose papel e produtos de papel, destaca o instituto, além de fabricação de produtos químicos; farmacêuticos e metalurgia.

Pelo lado da demanda, o destaque foi o consumo das famílias que mostrou seu décimo trimestre seguido de avanço, com alta de 0,8% em relação ao segundo trimestre e avanço de 1,9% ante o terceiro trimestre de 2018. O IBGE remete a alta ao comportamento dos indicadores de crédito para pessoa física e pela expansão da massa salarial real.

Ainda pela ótica da demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 2% de julho a setembro ante o trimestre imediatamente anterior, o sexto trimestre de crescimento, e avançou 2,9% ante o mesmo período do ano passado, seu oitavo resultado positivo após quatorze trimestres de recuo. Este aumento foi puxado pela construção e pela produção de bens de capital, diz o IBGE.

A Despesa de Consumo do Governo caiu 1,4% na comparação anual e 0,8% na comparação trimestral.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços caíram 5,5% e as Importações de Bens e Serviços subiram 2,2%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2019.

PIB de 2018 é revisado para 1,3%

Como é de praxe, o IBGE revisou o PIB do ano passado para 1,3%, avanço de 0,2 ponto percentual em relação ao 1,1% que havia sido anunciado no passado. A maior alteração entre os setores, segundo o instituto foi para agropecuária, que passou de 0,1% para 1,4%.

“Isso se deve, em grande parte, pela incorporação de novas fontes estruturais anuais do IBGE, não disponíveis na compilação anterior, como a Produção Agrícola Municipal (PAM), a Produção da Pecuária Municipal (PPM) e a Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (Pevs)”, informou o IBGE no material de divulgação.

Já a indústria teve uma ligeira redução de 0,6% para 0,5%. Serviços variaram 0,2 p.p. de 1,3% para 1,5%.

 

Fonte: Exame