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Habitação puxa alta de 0,11% do IPCA em agosto; alimentos recuam

Segunda, 09 Setembro 2019

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou agosto com alta de 0,11%, ante um avanço de 0,19% em julho, informou nesta sexta-feira, (6), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de agosto é a mais alta para o mês desde 2017 (+0,19%). Em agosto de 2018, o IPCA havia mostrado deflação de 0,09%.

No acumulado de 12 meses, o IPCA teve alta de 3,43%, contra 3,22% até julho e ligeiramente abaixo da taxa de 3,44% apurada em pesquisa Reuters. A taxa de 12 meses até agosto é a mais alta desde maio (4,66%).

No acumulado de 2019, o índice sobe 2,54%.

Apesar da alta no mês passado, a inflação em 12 meses segue abaixo do centro da meta perseguida pelo Banco Central para este ano (4,25%).

“Em 12 meses (o IPCA) subiu um pouco agora por conta de uma troca de taxa: saiu uma taxa de -0,09% em agosto de 2018 e incluiu uma taxa positiva de 0,11%”, disse Pedro da Costa, gerente do IPCA.

Entre julho e agosto, houve deflação em três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, com Alimentação e bebidas (-0,35%) e Transportes (-0,39%) retirando, juntos, 0,16 ponto percentual do índice cheio.

Entre as altas, destaque para o grupo Habitação (+1,19%), que, sozinho, adicionou ao IPCA 0,19 ponto percentual, na maior influência de alta para o índice.

O principal impacto positivo no índice foi levado pelo aumento de 3,85% na energia elétrica, ressalta o IBGE. Em agosto, entrou em vigor a bandeira vermelha nas contas de luz, que acrescenta cobrança de R$ 4,00 a cada 100 quilowatts-hora consumidos, destaca o instituto.

Analistas preveem que o patamar da inflação permanecerá abaixo desse alvo ao fim do ano, o que abriria espaço para mais cortes de juros pelo Banco Central.

Na véspera, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que a inflação está “sob controle” e “bem ancorada no curto, médio e longo prazos”.

Apesar da alta do dólar , mesmo as inflações implícitas em títulos públicos e derivativos de mercado têm se mantido abaixo da meta.

 

Fonte: Exame