Quase um terço das empresas no país (27%) está com capacidade ociosa e outras 64% dizem ter capacidade "adequada" para atender demanda em 2018, ou seja, não precisam se expandir para produzir mais. É o que mostra uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta quarta-feira (23).
O estudo ouviu 632 companhias de grande porte entre 24 de janeiro e 19 de março deste ano. A parcela de empresas que considera sua capacidade pouco ou muito pouco adequada à demanda é de 9%.
Ainda de acordo com a pesquisa, 81% das firmas pretendem investir neste ano, grande parte delas para manter a capacidade de produção que já têm (20%) ou para melhorar os processos (34%).
Outras 22% pretendem aumentar a capacidade produtiva, 15% planejam investir para introduzir novos produtos e 5% para ter novos processos produtivos.
O percentual de empresas que pretendem investir em 2018 é o maior desde 2014, segundo o estudo.
Quando questionadas sobre os fatores que alteraram sua decisão de investir neste ano, as empresas citaram como "estimulante ou muito estimulante" principalmente as demandas (58%) e fatores técnicos (42%).
Por outro lado, foram considerados "limitantes ou muito limitantes" especialmente os recursos financeiros (50%) e a regulação e a burocracia (48%).