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Amazon deve faturar mais de R$20 bi no feriado que criou para si

Terça, 16 Julho 2019

São Paulo — A varejista online Amazon termina nesta terça-feira (16), o feriado de compras que criou para si, o Amazon Prime Day. A promoção é válida em 18 países em que a varejista atua, entre eles o Brasil, onde desde ontem uma série de produtos são oferecidos com descontos.

Em cada um desses mercados, o dia da Amazon é usado como parte central da estratégia de chegar de dominar o varejo online.

Nos Estados Unidos, o principal objetivo da promoção é impulsionar o pacote mensal de assinaturas Prime, que permite condições especiais de frete e estimula as compras. No Brasil, a promoção pode estimular a varejista a ganhar terreno, num mercado cada dia mais competitivo.

Além de Magazine Luiza e Mercado Livre, o varejo online no país deve ver investimentos crescentes da Via Varejo, rede de lojas que voltou recentemente para o ex-controlador, Michael Klein. As três varejistas têm mais presença física que a Amazon no país, e na teoria podem oferecer mais opções de entrega.

O mercado mais pulverizado por aqui dificulta que um único varejista dê as cartas no e-commerce, como acontece nos EUA, e na China.

O Amazon Day deve somar vendas de 5,8 bilhões de dólares, segundo estimativas da consultoria Coresight Research, numa alta de 49% em relação a 2019. É mais que o Magazine Luiza vendeu em todo o ano passado. E é também o suficiente para fazer varejistas concorrentes, como Walmart e Target, a também fazerem promoções na mesma data, para aumentar o fluxo de compras.

Na China, é o Alibaba quem lucra com um feriado pensado para movimentar suas vendas, o Dia do Solteiro, realizado em novembro. Ano passado, a varejista faturou 31 bilhões de dólares na data, ante 25 bilhões em 2017. É tanta euforia dos consumidores que foram vendidos mais de 1 bilhão de dólares no primeiro minuto do dia especial de promoções.

A Black Friday, principal dia de vendas do varejo online brasileiro, faturou 2 bilhões de reais em 2018. Temos um longo caminho pela frente no varejo online. Se o consumidor sair ganhando com o campo de batalhas mais dividido, melhor.

Fonte: Exame