A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) trabalha com o Banco Central para tornar as transações de pagamento ainda mais fáceis e rápidas, com pagamentos instantâneos. É o que afirma o presidente da entidade, Murilo Portugal.
“O objetivo é permitir que transações financeiras instantâneas possam ser concluídas em até dez segundos”, disse ele, na abertura do Ciab Febraban 2019, tradicional feira de tecnologia bancária.
De acordo com o presidente da entidade, o ambiente competitivo faz com que os bancos invistam volume elevado em tecnologia, ao redor dos R$ 20 bilhões por ano.
Ele lembrou que os grandes bancos hoje não somente concorrem entre si, mas com fintechs — startups do setor financeiro, cooperativas de crédito, instituições de menor porte, dentre outros. “A tendência de investir para servir continua”, enfatizou.
O presidente da Febraban informou, ainda, que a nova plataforma de cobrança para pagamento deve totalizar quase 7 bilhões de boletos neste ano.
“A nova plataforma reduziu as fraudes e trouxe maior comodidade e segurança para os clientes”, avaliou Portugal, acrescentando que o tempo de resposta de processamento é de apenas 1 segundo.
Segundo ele, ao longo dos últimos três anos, 83 participantes do sistema bancário investiram mais de R$ 500 milhões nessa nova plataforma. “Hoje, os boletos podem ser pagos mesmo após o vencimento, em qualquer banco, independentemente de qual instituição os emitiu“, reforçou.
Cenário da economia brasileira
O presidente da Febraban afirmou também que, apesar do cenário global e local reunir “algumas incertezas”, o crédito deve crescer este ano acima do ritmo do Produto Interno Bruto (PIB), repetindo o que já ocorreu em 2018. “A taxa de crescimento na carteira de crédito com recursos livres alcançou cerca de 11% nos últimos 12 meses.”
Inovações no Brasil
Ao falar dos desafios do setor bancário no contexto atual, Portugal citou a chegada da rede móvel de quinta geração, a internet 5G, que trará uma velocidade maior de conexão e, dentre outras inovações, viabilizará a internet das coisas.
“Serão desafios significativos em termos de infraestrutura para o País e para os bancos, que já estudam também que novos serviços e produtos devem ser oferecidos para atender essa conexão entre pessoas e objetos”, afirmou o presidente da Febraban.
Fonte: Exame