​Este estudo apresenta um breve histórico do desenvolvimento dos diversos segmentos do mercado de câmbio nacional com e sem entrega física de moeda estrangeira – interbancário, primário e de derivativos. Nele são elencados alguns motivos para o crescimento do volume operado em produtos cambiais, tais como a evolução de algumas contas externas e mudanças em perfis de investimento. São apresentados parâmetros comparativos entre o mercado de câmbio brasileiro e o de outros países emergentes com base em dados publicados pelo Bank for International Settlements (BIS), pelos Bancos Centrais do Reino Unido e dos EUA, pelo Banco Mundial, entre outros, demonstrando que o volume operado em câmbio com entrega física no país está em linha com o de outras economias similares à brasileira. O mercado de derivativos listados no Brasil, por sua vez, é mais desenvolvido que o de outros países emergentes e que o de algumas economias avançadas. O conteúdo do estudo indica que a evolução do mercado de derivativos está ligada ao interesse de agentes estrangeiros em investir em ativos brasileiros, ao fato de o real não ser uma moeda conversível e às características próprias desse mercado, tais como o menor risco de crédito associado às liquidações de operações tendo a bolsa como contraparte central e o eficiente provimento de hedge ou proteção que os ativos negociados neste ambiente proporcionam.

Fonte: Banco Central do Brasil