A inflação no Brasil foi de 0,32% em janeiro, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (07) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) veio próxima de janeiro do ano passado (0,29%), mas acelerou em relação a dezembro (0,15%).
O acumulado em 12 meses ficou em 3,78%, um pouco acima dos 3,75% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
O centro da meta de inflação para o ano fechado de 2019 é 4,25% com tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo (2,75%) ou para cima (5,75%).
Grupos
Os alimentos e bebidas, que compõe cerca de um quarto do peso da cesta de produtos avaliados, foram o principal fator de pressão.
O grupo teve alta de 0,90% e impacto de 0,22 ponto percentual na taxa final com destaque para itens como feijão-carioca (19,76%), cebola (10,21%), frutas (5,45%) e carnes (0,78%).
Pedro Costa, analista de IPCA, explica em nota que os preços dos alimentos tem impacto de fatores sazonais: no caso das frutas, por exemplo, há um aumento de demanda nos meses mais quentes.
A segunda maior pressão veio do grupo de Despesas Pessoais, com alta de 0,61% e impacto de 0,07 p.p. no IPCA. As férias ajudaram a pressionar itens como excursão (6,77%) e hotel (1,06%), escreve Costa.
O único grupo que teve queda de preços em janeiro foi o de Vestuário: -1,15% com impacto negativo de 0,07 ponto percentual na taxa.
O movimento pode ser atribuído às liquidações de janeiro após o período de preços mais altos em dezembro com as vendas de natal, segundo Costa.
Individualmente, o maior impacto negativo do mês foi da gasolina, que caiu 2,41% e puxou sozinha o IPCA para baixo em 0,11 ponto percentual.
Também caíram o etanol (-0,75%) e o óleo diesel (-1,61%). Os combustíveis de forma geral caíram pelo terceiro mês seguido, mas a queda foi menor em janeiro (-2,09%) do que em dezembro (-4,25%).
A passagens aéreas, que haviam subido 29,12% em dezembro, caíram 3,59% em janeiro, com impacto de -0,02 ponto na taxa final.
A maior pressão para cima no grupo dos Transportes ficou com os ônibus urbanos: alta de 2,67% com impacto de 0,07 ponto percentual, devido aos reajustes nas tarifas em cinco das dezesseis regiões pesquisadas.
No balanço, o grupo Transportes foi de uma deflação de 0,54% em dezembro para uma leve alta de 0,02% em janeiro.
Fonte: Exame