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Os melhores e os piores investimentos de 2018

Quinta, 03 Janeiro 2019

Os fundos cambiais foram os investimentos mais rentáveis de 2018, segundo ranking elaborado por EXAME.

Essa categoria de fundos, que aplica em ativos atrelados a moedas estrangeiras, registrou rentabilidade de 20,16%, impulsionada pela alta de 16,94% do dólar no ano. A segunda posição é ocupada pelo ouro, que valorizou 16,93% no ano. Em terceiro lugar, ficaram os títulos Tesouro IPCA+ 2035, com alta de 14,71% no período.

Já a nova poupança foi o investimento que ficou na lanterna do ranking nesse ano, com rendimento de 4,64% no período. Em penúltimo lugar aparecem os fundos de renda fixa simples, com rentabilidade de 5,3% no ano. Esses investimentos são impactados pelo menor patamar histórico da taxa básica de juros, a Selic.

Veja, na tabela, o desempenho de alguns dos principais investimentos do mercado em 2018 e em dezembro:

 

Aplicação Desempenho em 2018 (%) Desempenho em dezembro (%)
Fundos Cambiais 20,16 0,81
Ouro* 16,93 4,98
Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal) 14,71 0,75
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTN-B) 14,51 0,87
Tesouro IGP-M+ com juros semestrais 2021 13,93 -0,03
Fundo de Ações Dividendos* 12,94 -1,41
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 (NTN-B) 12,62 1,01
Fundos de Ações Indexados* 11,97 -3,98
Tesouro Prefixado 2021 (LTN) 11,96 1,55
Fundos de Ações Livre* 11,95 -1,97
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2021 (NTN-F) 10,95 1,38
Fundos Multimercados Investimento no Exterior* 10,68 -0,27
Fundos de Ações Investimento no Exterior* 9,25 -2,45
Fundos Multimercados Livre* 9,16 -0,03
Fundos Renda Fixa Indexados* 9,1 0,94
Fundos de Ações Small Caps* 8,41 0,8
Tesouro Prefixado 2019 (LTN) 6,68 0,51
Tesouro IPCA+ 2019 (NTN-B Principal) 6,48 0,2
Tesouro Selic 2021 (LFT) 6,31 0,45
Fundos de Renda Fixa Investimento no Exterior* 6,2 0,5
Poupança antiga 6,16 0,5
Fundos Renda Fixa Simples* 5,3 0,33
Nova poupança** 4,62 0,37

*Até o dia 28 de dezembro
**Até o dia 27 de dezembro
Fontes: Anbima, B3, Banco Central e Tesouro Nacional.

Veja, na tabela a seguir, o desempenho dos principais índices e taxas de referência para investir:

Referência 2018 (%) Dezembro (%)
Ibovespa 15,03 -1,86
Selic*** 6,43 0,51
CDI*** 6,42 0,51
IPCA**** 3,69 0,1
Dólar comercial 16,94 0,52

***O desempenho mensal se refere aos últimos 30 dias e 12 meses até 27/12

****Projeção do Boletim Focus do Banco Central.

O ranking de investimentos considera a rentabilidade bruta das aplicações em 2018 e no mês, sem descontar o Imposto de Renda, cuja alíquota varia entre 15% e 22,5%, conforme o prazo da aplicação. Somente a poupança e as aplicações de até 20 mil reais em ouro são isentas do tributo.

Para elaborar o ranking, usamos dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), da B3 (a antiga Bovespa), do Banco Central e do Tesouro Nacional. Entre os investimentos avaliados, não consideramos a bitcoin por não ser um ativo regulamentado no Brasil.

O que esperar para 2019
Analistas ouvidos pela revista EXAME acreditam que o Ibovespa chegará a 110 mil pontos em 2019, uma alta de cerca de 20% em relação ao patamar atual. Quando os juros estavam em 14,25% ao ano, essa chance de ganho poderia parecer pequena diante dos riscos. Mas, hoje, com a Selic em 6,5% e a previsão de que dificilmente passará de 8% no próximo ano, o “custo de oportunidade” do mercado de ações diminuiu.

Nesse cenário, consultorias recomendam que mesmo investidores mais conservadores tenham uma pequena parte do patrimônio na bolsa, menor do que 5% do valor total. Para quem aceita mais risco, a fatia pode chegar a 20%.

Outra opção de menor risco para diversificar são os fundos multimercado, que podem aplicar em diferentes ativos tanto no Brasil como no exterior.

Mesmo com a queda dos juros, existem boas opções de aplicações na renda fixa. Os títulos prefixados, que determinam hoje o rendimento que será pago no futuro, estão entre os mais indicados. Papéis atrelados à inflação também são recomendados. Embora sua rentabilidade tenha caído, os rendimentos continuam compensando. Além disso, esse investimento funciona como proteção caso o cenário piore e os preços de produtos e serviços subam mais do que o esperado.

Onde aplicar
Para escolher investimentos, é importante se guiar não só pela rentabilidade, mas pelo risco que se está disposto a correr e e pelo prazo disponível para realizar o objetivo.

Aplicações em renda fixa, a exemplo de títulos públicos, são indicadas para quem quer segurança. Já fundos cambiais são recomendados para quem precisam se proteger da oscilação de moedas.

Além disso, é importante lembrar que rentabilidade passada não significa garantia de rendimento futuro.

 

Fonte: Exame