O banco mineiro BMG registrou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedido de abertura capital.
O banco pretende fazer uma Oferta Pública Inicial (IPO) ainda este ano. O prospecto da operação, contudo, ainda não está disponível na CVM.
O banco da família Pentagna Guimarães iniciou nesta semana uma série de encontro com investidores ("pilot fishing") para definir uma faixa de preço para as ações. A instituição financeira pretende levantar entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões segundo apurou o Valor.
A oferta do BMG é coordenada por seis instituições - J.P. Morgan, Citi, Itaú BBA, Plural, XP Investimentos e Banco do Brasil.
O BMG tem como principal foco de atuação o crédito consignado, em que atua por meio do cartão BMG Card. O banco também oferece crédito pessoal, cartão de crédito e cross-selling de produtos de investimentos. Há um mês, o banco comprou a Pago Cartões, entrando em adquirência e também quer aproveitar o interesse crescente de investidores pelo mercado de meios de pagamento. O BMG tem ainda uma rede de lojas help! que complementa o atendimento digital. Os recursos levantados na oferta serão usados para a expansão do plano de negócios que incluem investimentos na área de banco digital.
O banco teve lucro líquido recorrente de R$ 77 milhões no terceiro trimestre, resultado 208% superior ao obtido no mesmo período do ano passado.
De janeiro a setembro, o resultado líquido foi positivo em R$ 196 milhões, excluindo itens extraordinários e não recorrentes -- um aumento de 128% na comparação com igual intervalo de 2017. O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado (ROAE, na sigla em inglês) foi de 13,1% no terceiro trimestre deste ano. A instituição tinha ao fim do terceiro trimestre uma carteira de crédito de R$ 9,3 bilhões e R$ 2,8 bilhões de patrimônio líquido.
Fonte: Valor Econômico