Um novo ciclo de alta da Selic pode estar por vir? Essa é a expectativa de boa parte do mercado após o Banco Central sinalizar uma postura mais dura em relação às próximas decisões de política monetária.
Essa virada de mão se explica principalmente pelo aumento das estimativas de inflação e a divulgação do IPCA de julho, que alcançou 4,5% no acumulado de 12 meses.
O número fez o indicador alcançar o teto da meta para este ano e, agora, exige que o Banco Central tenha uma cautela maior:
A analista Laís Costa, especialista em renda fixa da Empiricus Research, defende que a possibilidade de alta de juros nas próximas reuniões do Copom deve continuar no radar dos investidores.
Segundo a analista, “olhando para a curva de juros, o mercado já precifica a primeira alta a partir da reunião de setembro e a continuação de incrementos de 25 pontos-base na Selic em todas as reuniões até o final deste ano”.
Porém, acredita que o ritmo será menor que o estimado na curva de juros:
“Não vemos o Banco Central entregando todas as altas já precificadas pelo mercado, em especial devido ao cenário externo”, afirmou.
Neste contexto, a grande oportunidade para investir em renda fixa agora está nos títulos prefixados, de acordo com a analista. É possível capturar taxas “gordas” e que podem superar a taxa básica daqui para frente.
Este é o caso de um CDB prefixado com vencimento em 2027 que pode pagar até 13% ao ano, recomendado pela Empiricus Research. Em todo o período do investimento, o ativo pode entregar um lucro acumulado bruto de mais de 44%.
FONTE: MONEYTIMES