Chegou o grande dia da Super Quarta. Hoje, após o fechamento do mercado, o Banco Central deve manter a Selic no seu atual patamar, de 10,50% ao ano — trata-se do menor nível desde março de 2022.
No entanto, a expectativa é de que o tom do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) deve ser duro, com os dirigentes apontando preocupações com o rumo da inflação e risco fiscal.
Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,21% — apontando para uma desaceleração em relação à alta de 0,46% apurada em maio. Ainda assim, as projeções para os preços em 2024 subiram de 4,05% para 4,10% no Relatório Focus desta semana.
Do ponto de vista fiscal, o governo até tem se esforçado. Ontem, o Ministério do Planejamento e Orçamento divulgou os ministérios afetados pela contenção orçamentária de R$ 15 bilhões. As pastas de Saúde, Educação e Cidades tiveram os maiores contingenciamentos e bloqueios.
Ainda assim, na visão dos economistas, esse montante não é suficiente para controlar os cofres públicos, colocando em risco o arcabouço fiscal.
No último pregão, o Ibovespa (IBOV) empenhou mais um pregão negativo na véspera da ‘Super Quarta’. O tom negativo foi puxado pela forte queda das commodities — o petróleo Brent recuou mais de 1% e o minério de ferro tombou quase 3%.
O principal índice da bolsa brasileira fechou com queda de 0,64%, aos 1261.39,21 pontos. Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,6173 (-0,15%).
O que esperar de Wall Street
Do lado internacional, também tem decisão de juros. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que deve manter a taxa de juros no atual patamar de 5,25% e 5,50%.
Em seguida, Jerome Powell participa da tradicional coletiva de imprensa. O mercado ficará atento às falas do presidente do Federal Reserve em busca de sinais de que o banco central americano dará início ao corte de juros em setembro.
Segundo a ferramenta de monitoramento CME FedWatch, 89,6% do mercado aposta em um corte de 0,25 ponto percentual na próxima reunião. Além disso, 59,6% apontam para um reajuste da mesma magnitude em novembro e 55,6% para outro corte em dezembro.
Na madrugada, o Banco Central do Japão (BoJ) elevou a sua taxa de juros em 0,15 ponto percentual, para a faixa de 0,15% a 0,25%. A autoridade monetária ainda sinalizou mais aumentos de juros caso a inflação siga em alta.
As bolsas internacionais e futuros de Wall Street avançam.
Morning Times: Confira os mercados na manhã desta quarta-feira (31)
Bolsas asiáticas
- Tóquio/Nikkei: +1,49%
- Hong Kong/Hang Seng: +2,01%
- China/Xangai: +2,06%
Bolsas europeias (mercado aberto)
- Londres/FTSE100: +1,44%
- Frankfurt/DAX: +0,37%
- Paris/CAC 40: +1,19%
Wall Street (mercado futuro)
- Nasdaq: +1,43%
- S&P 500: +0,91%
- Dow Jones: +0,39%
Commodities
- Petróleo/Brent: +2,45%, a US$ 79,98 o barril
- Petróleo/WTI: +2,73%, a US$ 76,78 o barril
- Minério de ferro: -0,13%, a US$ 105,91 por tonelada, na Bolsa de Dalian
Criptomoedas
- Bitcoin (BTC): -0,76%, a US$ 66.097
- Ethereum (ETH): -0,70%, a US$ 3.312
FONTE: MONEYTIMES