Nos últimos 12 meses, os preços de locação acumularam alta de 1,44%, segundo o Índice FipeZap, enquanto a inflação subiu 4,19% no mesmo período
No ano, o preço médio de locação acumulou alta de 2,06%. Já nos últimos 12 meses, o avanço acumulado foi de 1,72%, enquanto a inflação acumulada no mesmo período foi de 4,53%.
Isso significa que, considerando a inflação, o preço médio dos imóveis sofreu uma queda real nos últimos 12 meses. Por isso, locatários têm poder de barganha para negociar preço na hora de fechar contrato ou reajustar o aluguel.
Preço por cidade
Em setembro, 9 das 15 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap registraram alta no preço médio do aluguel residencial, com destaque para as variações observadas em São Bernardo do Campo (2,28%), Belo Horizonte (1,13%) e Recife (0,92%).
Já entre as cidades que registraram queda nos preços de locação residencial no período, vale citar Fortaleza (-1,32%), Rio de Janeiro (-0,54%) e Goiânia (-0,41%). Nas cidades em que o preço está caindo, o poder do locatário para negociar preço é maior.
Retorno do investimento em imóveis
Em setembro, o retorno médio para investidores que optaram por alugar seu imóvel foi de 4,40% ao ano. A taxa avalia o retorno médio que um proprietário teria em 12 meses com a locação do imóvel, sem considerar possível ganhos com valorização ou desvalorização decorrente do aumento ou da queda no preço dos imóveis no período.
A rentabilidade do aluguel é calculada por meio da divisão entre o preço médio de locação mensal e o preço médio de venda mensal. A taxa ao ano é obtida multiplicando-se o resultado por 12.
O retorno do aluguel de imóveis ficou abaixo da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,50% ao ano. A taxa está no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986.
Ou seja, há outras opções de investimentos de renda fixa mais atraentes do que o aluguel de imóveis. Os fundos imobiliários também são alternativas para quem gosta de investir em imóveis, mas busca retornos maiores.
Fonte: Exame