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Recado de Campos Neto: Se o fiscal não ajudar, a tarefa de controlar a inflação fica difícil

Sexta, 24 Maio 2024

O presidente do Banco CentralRoberto Campos Neto, voltou a falar sobre o impacto do fiscal para a política monetária.

“Quando a gente pensa em termos de risco para a economia global, inflação alta continua no topo da lista. E acho que aqui é um pouco de vários fatores e do questionamento em relação à última milha. Como vai ser essa última milha? Os bancos centrais precisam, nesse momento, passar uma mensagem de que se o fiscal não ajudar, fica um pouco mais difícil fazer essa tarefa”, disse em palestra.

Campos Neto participou da abertura do X Seminário Anual de Política Monetária, do Centro de Estudos Monetários (CEM) do Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE).

Segundo ele, foi muito fácil coordenar a relação entre fiscal e monetário para a entrada da pandemia, mas que a saída está sendo mai difícil.

“Conforme esse tema da dívida global começar a fiscal mais claro para os governo, a gente já vê, por exemplo, países da América Latina com planos de ter [resultados] primários melhores, para ter choques positivos nessa dimensão fiscal”, afirma.

Campos Neto aproveitou para destacar que as enchentes no Rio Grande do Sul deve impactar no preço dos alimentos ao longo de 2025 — sendo que as projeções de inflação estão subindo –, mas que as expectativas da atividade econômica ainda não consideram os efeitos das tragédias mo Estado.

Por outro lado, ele afirma que ainda é incerto qual será o impacto da reconstrução do RS no fiscal.

“Tem toda uma conta de quanto custa a reconstrução do Rio Grande do Sul, eu já vi desde números de 0,2% até 2% PIB. A gente precisa esperar um pouco e ver o que isso significa, como isso se incorpora nas expectativas, se isso tem uma influência no fiscal e como isso se reflete nas variáveis macroeconômicas”, diz.

 
FONTE: MONEYTIMES