Nesta terça-feira (07), as cotações do milho e farelo de soja atingiram recordes no exterior, com as chuvas no Rio Grande do Sul sendo um dos motivos.
Na Bolsa de Chicago, os futuros da primeira commodity chegaram a US$ 4,72 o bushel, enquanto isso, na China, o farelo de soja acumula alta semanal de 5%.
Além das chuvas no Brasil, a região Meio-Oeste dos Estados Unidos (EUA) também foi afetada, com fortes enchentes atingindo o Texas, além de infestações bacterianas estarem atingindo safras de milho na Argentina.
Para além das perdas nas lavouras, também há perdas humanitárias.
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou nesta quarta-feira (08) que o número de pessoas mortas chegou a 100, com 372 feridos e 128 desaparecidos.
Chuvas não devem dar o braço a torcer
De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), as exportações de soja deverão apresentar queda de 8,4% em comparação com maio de 2023, chegando a 13,21 milhões de toneladas da oleoginosa.
Para o milho, em abril, as vendas externas somaram 76,65 mil toneladas, abaixo das 166,55 mil toneladas anteriores.
A soja é o principal grão cultivado no Rio Grande do Sul e, antes das enchentes, a expectativa era de produção de 22,2 milhões de toneladas.
Entretanto, aproximadamente 20% a 25% da colheita de soja no Rio Grande do Sul ainda está pendente, representando cerca de 4,5 a 5,5 milhões de toneladas em risco.
Além dessas commodities, o arroz também segue no centro das atenções, já que ainda há em torno de 20% das lavouras a serem colhidas no Estado, mas é possível que grande parte seja perdida por conta do excesso de chuva.
Entre outras dificuldades para o setor, estão a destruição de rodovias e de danos à infraestrutura local.
As chuvas também estão longe de dar trégua para o estado, com novos episódios sendo esperados para o Rio Grande do Sul até o final de semana.
FONTE: MONEYTIMES