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Chuvas no RS fazem cotações de soja e milho atingirem recorde e afetam exportações; entenda

Quarta, 08 Maio 2024

Nesta terça-feira (07), as cotações do milho e farelo de soja atingiram recordes no exterior, com as chuvas no Rio Grande do Sul sendo um dos motivos.

Na Bolsa de Chicago, os futuros da primeira commodity chegaram a US$ 4,72 o bushel, enquanto isso, na China, o farelo de soja acumula alta semanal de 5%.

Além das chuvas no Brasil, a região Meio-Oeste dos Estados Unidos (EUA) também foi afetada, com fortes enchentes atingindo o Texas, além de infestações bacterianas estarem atingindo safras de milho na Argentina.

Para além das perdas nas lavouras, também há perdas humanitárias.

Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou nesta quarta-feira (08) que o número de pessoas mortas chegou a 100, com 372 feridos e 128 desaparecidos.

Chuvas não devem dar o braço a torcer

De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), as exportações de soja deverão apresentar queda de 8,4% em comparação com maio de 2023, chegando a 13,21 milhões de toneladas da oleoginosa.

Para o milho, em abril, as vendas externas somaram 76,65 mil toneladas, abaixo das 166,55 mil toneladas anteriores.

A soja é o principal grão cultivado no Rio Grande do Sul e, antes das enchentes, a expectativa era de produção de 22,2 milhões de toneladas.

Entretanto, aproximadamente 20% a 25% da colheita de soja no Rio Grande do Sul ainda está pendente, representando cerca de 4,5 a 5,5 milhões de toneladas em risco.

Além dessas commodities, o arroz também segue no centro das atenções, já que ainda há em torno de 20% das lavouras a serem colhidas no Estado, mas é possível que grande parte seja perdida por conta do excesso de chuva.

Entre outras dificuldades para o setor, estão a destruição de rodovias e de danos à infraestrutura local.

As chuvas também estão longe de dar trégua para o estado, com novos episódios sendo esperados para o Rio Grande do Sul até o final de semana.

 

 

FONTE: MONEYTIMES