O Brasil habilitou mais 38 plantas frigoríficas brasileiras para vender carnes para China nesta terça-feira (12), sendo essa a maior habilitação de plantas já anunciadas de uma só vez.
Na visão do Itaú BBA, o anúncio fortalece o relacionamento comercial entre os países e solidifica o Brasil como grande fornecedor de proteínas para o mercado chinês a longo prazo.
Contudo, os preços de exportação da carne bovina têm estado sob pressão desde meados de 2023, e a recente autorização pode implicar em oferta adicional de carne bovina na China, limitando aumentos nos preços de exportação no curto e médio prazo.
No que diz respeito aos custos, o aumento das exportações de carne bovina poderia impulsionar o aumento dos custos do gado à medida que novas unidades competem para aumentar a liquidação do gado.
O banco ressalta que, embora a JBS tenha o maior número de frigoríficos na lista autorizada, é importante ressaltar que o o segmento de carne bovina do Brasil (segmento mais beneficiado) representa apenas ~13% da estimativa de Ebitda para a JBS em 2024.
A operação de carne bovina da Marfrig (MRFG3) no Brasil também tem uma participação limitada para os números consolidados, algo que deve diminuir ainda mais quando as fusões e aquisições com Minerva forem aprovadas pelas autoridades antitruste.
Por outro lado, segundo o BBA, as notícias poderiam potencialmente levar os investidores a desacelerar a expansão de margem esperada para a Minerva no futuro. Adicionalmente, eles projetam que a nova autorização da planta da Marfrig em Bataguaçu (MS) resultará no pagamento de um prêmio de preço pela Minerva.
FONTE: MONEYTIMES