Na quarta-feira (31), acontece a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano. No entanto, o formato desse encontro dos diretores do Banco Central para definir a taxa de juros pode estar com os dias contados.
Tramita na Câmara dos Deputados, um projeto de lei que propões regulamentar o funcionamento do Copom. O objetivo é garantir segurança jurídica às deliberações da autarquia.
O texto determina que cabe ao Copom:
- estabelecer as orientações, diretrizes estratégicas e os instrumentos da política monetária;
- definir a taxa Selic;
- e divulgar o relatório de inflação abordando o regime de metas, os resultados das decisões passadas e a perspectiva da inflação no futuro.
Até aí, nada muito diferente do que o Copom faz atualmente. O problema é que a PL quer mudar os integrantes que fazer parte da reunião.
Hoje, são nove integrantes: os diretores e presidente do Banco Central — que são indicados pelo governo. Já o texto apresentado ao Congresso sugere que também devem participar do Copom os ministros da Fazenda, Planejamento e Indústria, além do secretário do Tesouro Nacional.
Lula fez críticas ao Banco Central
Vale lembrar que o Banco Central é autônomo e não é obrigado a mudar a taxa Selic conforme vontade do governo. Isso foi motivo de crise entre a autoridade monetária e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em diversos momentos ao longo do seu primeiro ano de mandato, Lula criticou o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Para ele, a taxa básica de juros estava muito elevada e isso estava atrapalhando na recuperação econômica do Brasil.
Este é o último ano de Campos Neto na presidência do Banco Central.
FONTE: MONEYTIMES