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Inflação oficial fica em 0,48% em setembro, diz IBGE

Sexta, 05 Outubro 2018

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,48% em setembro, após ter registrado deflação de 0,09% em agosto, segundo divulgou nesta sexta-feira (5) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Este resultado é o maior para um mês de setembro desde 2015, quando o IPCA ficou em 0,54%.

No acumulado nos 9 primeiros meses do ano, a alta é de 3,34%, acima do 1,78% registrado em igual período de 2017.

No acumulado em 12 meses, o índice ficou em 4,53%, acelerando frente aos 4,19% dos 12 meses imediatamente anteriores. É a primeira vez no ano que o IPCA em 12 meses fica acima do centro da meta do Banco Central, que é de 4,5% para o ano, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

IPCA em setembro:

  • Taxa no mês: 0,48%
  • Acumulado no ano: 3,34%
  • Acumulado em 12 meses: 4,53%

Meta de inflação e taxa de juros
A previsão dos analistas para a inflação em 2018 subiu de 4,28% para 4,30%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Foi a terceira alta seguida do indicador.

O percentual esperado pelo mercado, contudo, continua abaixo da meta de inflação que o Banco Central precisa perseguir neste ano, que é de 4,5% e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema – a meta terá sido cumprida pelo BC se o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficar entre 3% e 6%.

Para 2019, os economistas das instituições financeiras elevaram a estimativa de inflação de 4,18% para 4,20%. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerência varia de 2,75% a 5,75%.

A taxa básica de juros está na mínima histórica de 6,50%, e a expectativa do mercado é de que termine o ano neste patamar. Para o fim de 2019, a expectativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Deste modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.

Em 2017, a inflação oficial do país ficou em 2,95%, fechando pela primeira vez abaixo do piso da meta fixada pelo governo, que era de 3%.

 

Fonte: G1