Outro grave acidente, desta vez na BR-163 próxima ao município de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá), deixou Quase oito mil novas empresas foram abertas só no primeiro trimestre deste ano, em Mato Grosso. A maioria é formada por pequenos negócios que começaram na informalidade e agora estão devidamente registrados.
De acordo com o Sebrae, o número de empresas abertas sempre aumenta nos três primeiros meses do ano. Entre janeiro e março deste ano, 7.978 empresas foram registradas em Mato Grosso, um aumento de 5,2% em comparação com o mesmo período de 2021, quando foram 7.579 registros.
“Algumas pessoas, em função de ter alguma renda extra no final do ano, decidem tirar aquela ideia da gaveta e começam a empreender, e outras pessoas que já estão na área do empreendedorismo preferem abrir no início do ano para que possam aproveitar as datas comemorativas”, explicou a analista do Sebrae, Lorrayne Menezes.
Durante vários anos, a comerciante Márcia Veloso vendeu roupas de maneira informal. No entanto, ela percebeu que precisava se dedicar ainda mais ao negócio para atender a clientela e decidiu abrir uma Microempresa Individual e transformou a garagem de casa em uma loja.
“É a realização de um sonho. Sempre tive esse sonho de ter alguma coisa própria e eu sempre gostei de mexer com pessoas, então surgiu a oportunidade de abrir a loja e eu estou amando”, contou.
O comércio está formalizado, a loja tem até um ponto fixo, mas isso não quer dizer que as vendas vão ser altas. Para que isso aconteça, segundo especialistas, é preciso que o empreendedor conheça cada vez melhor seus clientes e saiba a necessidade de consumo deles.
Para isso, existem pesquisas de mercadas que podem ser analisadas pelos comerciantes.
A Márcia afirmou que tem um método próprio de conhecer o público dela e a necessidade deles. “Tenho duas filhas adultas, então procuro perguntar para elas o que gostam de vestir, qual o gosto das amigas e dos colegas de trabalho. Depois eu procuro correr atrás do que elas querem”, disse.
Outro método utilizado por ela é perguntar aos clientes o que eles desejam.
No caso da comerciante Amanda de Oliveira, a empresa dela de venda de móveis já funcionava há dois anos, mas o atendimento era feito apenas de forma online. Em março, ela decidiu abrir a loja física em um espaço alugado.
Segundo ela, o aumento no número de clientes vai compensar o preço do aluguel.
“Pela questão da formalização, porque agora temos o ponto fixo, além da internet que continuamos vendendo. Temos mais gastos, mas vale a pena porque também aumenta as vendas”, pontuou.
A decisão de ter um ponto fixo, como fez a Amanda, deve ser muito bem pensada, segundo a analista do Sebrae.
“É muito importante ter em mente qual a necessidade que ela vai atender do cliente e se há um público para isso. Uma vez aberta, é também possível ajustar essas expectativas caso não estejam sendo atendidas”, explicou.