A Quarta Vara Cível e Regionalizada de Recuperação Judicial de Rondonópolis (216 KM de Cuiabá) intimou os credores dos produtores rurais Antonio Carlos Felito e Andreia Katia Felito Romero para a realização da assembleia que irá decidir o destino dos agricultores. Eles são os proprietários de um grupo empresarial que conta com postos de combustíveis, transportadores e outros negócios, e movem um processo de recuperação judicial alegando dívidas de R$ 19,9 milhões.

Uma publicação da Vara Cível Regionalizada da última terça-feira (22), convocou os credores dos empresários para a realização da assembleia, que deverá ocorrer no dia 16 de setembro de 2022, em Rondonópolis.

A maior parte daqueles que tem créditos a receber dos empresários são indústrias químicas (Monsanto, Bayer), instituições financeiras (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal), prestadores de serviço, e também trabalhadores.

Segundo informações do processo, os pais de Andreia Katia Felito Romero saíram de Ivaté, cidade do noroeste do Paraná, para ocupar e produzir numa região que ainda dava os primeiros passos no cultivo de algodão e soja – em Campo Verde (136 KM de Cuiabá) e Dom Aquino.

Estabelecendo-se na década de 1970, os produtores acabaram se tornando referência na região, inclusive expandindo os negócios. Um dos únicos postos de combustíveis da cidade de Dom Aquino (Ipanema) pertence ao grupo econômico.

O ano de 2013, porém, representou um revés para os agricultores em razão da praga conhecida como “percevejo-castanho”, que atacou as lavouras de soja e algodão, e acarretou um prejuízo de R$ 5 milhões.

A alta do dólar e o endividamento crescente com bancos, fizeram com que o grupo entrasse na justiça pedindo a recuperação judicial. Caso os credores dos empresários não aceitem o plano de recuperação judicial que será apresentado no mês de setembro de 2022, a justiça decreta a falência da organização.

FONTE: FOLHAMAX