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Economista dá dicas para pequenos empreendedores a guardarem dinheiro

Quarta, 09 Março 2022

O economista Michel Constantino orienta os pequenos empreendedores que querem guardar dinheiro para expandir os negócios a separar o dinheiro em duas contas. A dica foi dada no episódio da série 'Como cuidar do meu bolso', exibido nesta semana pela TV Centro América, que mostra histórias de pessoas que empreenderam e estão buscando conquistar os sonhos com planejamento.

A sugestão é dividir o dinheiro em duas contas bancárias. "Tenha uma conta separada porque aqueles 15% que vocês está tirando, dá vontade de utilizar então é importante deixar separado, que é o que a gente chama de reserva de emergência", explicou.

Ele afirma que é preciso pensar em alternativas para ganhar mais gastando menos tempo e, assim, aumentar a margem de lucro.

O jovem empreendedor Murilo Borges, de 24 anos, é um dos personagens da série. Ele começou a vender geladinho há três anos e, durante a pandemia da Covid-19, formalizou a empresa. Ele utiliza o patins como meio de transporte para vender o produto e chega a percorrer 50 km por dia.

"Eu saio com uma caixa que tem em média 50 unidades, que pesam 8 kg, mais ou menos. Em torno de 1h30, 2h, consigo vender as 50 unidades", disse.

Em 2018, ele se mudou de Belém, no Pará, para Campo Grande, para estudar engenharia civil. Ele começou vendendo mercadoria da loja do pai dele no semáforo. De patins, o empreendedor conseguia vender mais, cansando menos e praticando um esporte.

"Do faturamento semanal, tenho como objetivo retirar de 10% a 15% do que cai na conta. E sei que é complicado quando está o dinheiro pessoal e o da empresa juntos", disse.

Murilo organiza todas as informações da empresa em um quadro chamado modelo de negócios, uma ferramenta de gerenciamento estratégico.

"A partir desse quadro eu seleciono o meu público e a partir disso eu vejo meu relacionamento de clientes, canal de venda, principais ações, atividades e sempre lembrar qual é a minha proposta de valor, o que quero fazer com o meu produto e como que eu quero atingir meus alvos, além do título de custo e meu faturamento", disse.

Já Laura Machado, de 27 anos, começou utilizando a bicicleta para ajudá-la a se reerguer no mercado de trabalho.

Desde criança, ela aprendeu a ver a bicicleta como meio de transporte, não como lazer. Comprou a primeira bicicleta em 2018 e abandonou o transporte público e por aplicativo.

Na pandemia, quando perdeu o emprego em uma escola, viu uma possibilidade de renda fazendo entregas.

"Primeiro vem toda essa questão de como planejar, de como que eu vou gerir esse negócio, como investir esse dinheiro que pode entrar nas minhas bicicletas. Às vezes, eu pedalo menos e faço mais entregas, às vezes pedalo mais e faço menos entregas. Se eu faço 10 endereços, dá um total de 65 km mais ou menos", disse.

Para bolar uma tabela de preços, Laura fez um estudo da cobrança de outro meio de transporte, conversou com grupos de cicloentregadores e decidiu cobrar por km rodado. A meta por dia é fazer seis entregas de segunda a sábado.

"Essa ideia eu tirei depois que eu fiz o meu total de gastos durante o mês considerando manutenção, alimentação, internet e cheguei a um valor. Eu vi que, para cobrir todo esse valor, eu precisava ter um valor mínimo de entregas", contou.

Para Laura, a bicicleta representa liberdade, confiança e autonomia, é o que ela quer motivar em futuras cicloentregadoras.

"Mesmo quem não utiliza a bicicleta para trabalhar, passar a pensar como meio de transporte para transformar a cidade, o meio onde a gente vive em um lugar mais humano. Às vezes o trânsito é tão hostil e uma bicicleta não ocupa espaço, não faz barulho, não polui e não incomoda ninguém", contou.

 

FONTE: G1MT