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Justiça homologa plano de recuperação de grupo que devia R$ 200 mi

Quarta, 09 Fevereiro 2022

O Grupo Mafini, com sede em Lucas do Rio Verde, teve seu plano de recuperação judicial homologado pelo Poder Judiciário. A decisão é da juíza Giovana Pasqual de Mello, da 4ª Vara Cível de Sinop (500 km de Cuiabá). 

O grupo ingressou com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2021 alegando dívidas de R$ 196 milhões. Os débitos, porém, chegaram a ultrapassar R$ 200 milhões.

Do valor devido, o grupo já tinha quitado grande parte com entrega de imóveis. O restante, que seria cerca de R$ 77 milhões, o grupo renegociou e o débito caiu para R$ 35 milhões. Esse valor, segundo informações, será pago em até 12 anos.

De acordo com as informações do processo, o grupo Mafini iniciou suas atividades em 1984 adquirindo uma fazenda de 1.347 hectares em Campo Novo do Parecis, entregando-a pouco depois como parte do pagamento de uma propriedade ainda maior, de 6.500 hectares, no município de Nova Ubiratã (480 KM da Capital). 

Até o fim dos anos 1990, o grupo Mafini concentrava sua atuação no ramo do agronegócio. Com a fundação da Agromil (Agrícola Mafini Ltda), porém, no ano 2000, o fundador da empresa, Aquiles Mafini, adquiriu uma área em Lucas do Rio Verde, de 200 hectares, que depois foi transformado num loteamento (Residencial Mafini), em 2006, com a vinda de um frigorífico para a cidade. 

A propriedade foi dividida em 800 terrenos, com expectativa de faturamento de R$ 24 milhões. O início da derrocada, no entanto, começou justamente onde a empresa tinha expertise – o agronegócio. 

Em 2014, o grupo havia recebido uma sinalização do Banco da Amazônia de um investimento de R$ 20 milhões para a construção de um armazém com capacidade de 36 mil toneladas de grãos. Em 2015, duas “invasões” de áreas que pertencem ao grupo também fizeram com que a organização tivesse prejuízos milionários. A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) frustrou os negócios da empresa em 2020, uma vez que o Grupo esperava faturar R$ 350 mil mensais com aluguéis do “Primeiro Shopping Center” de Lucas do Rio Verde que estava previsto para ser inaugurado no ano passado.

 

FONTE: FOLHAMAX