A inflação no Brasil foi de -0,09% em agosto, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (06) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O número veio abaixo da previsão do mercado financeiro que era de inflação zero no mês, segundo o último Boletim Focus do Banco Central.
Foi a menor taxa para agosto desde 1998, quando registrou -0,51%, e também ficou muito abaixo de julho (0,33%) e de agosto do ano passado (0,19%).
O acumulado da inflação nos últimos 12 meses está em 4,19%, ainda abaixo da meta de inflação para o ano que é de 4,5% com tolerância de dois pontos percentuais para baixo (2,5%) ou para cima (6,5%).
Já o acumulado no ano de 2018 até agora é de 2,85%, acima do 1,62% no mesmo período de 2017.
“A perspectiva de inflação segue muito benigna. O grande hiato do produto, o alto nível de folga no mercado de trabalho, as expectativas de inflação bem ancoradas e a previsão de crescimento do PIB abaixo da média devem manter a inflação bem comportada no futuro próximo a despeito de um Real mais fraco”, escreve Alberto Ramos, economista-chefe para a América Latina do Goldman Sachs.,
Grupos
Houve deflação pelo segundo mês consecutivo no grupo de Alimentação e Bebidas, de longe aquele com maior peso no índice.
Os preços também caíram no grupo de Transportes, responsável sozinho por tirar 1,22 ponto percentual do IPCA de agosto.
O maior impacto individual negativo do mês veio das passagens aéreas: depois de subirem 44,51% em julho, elas caíram 26,12% em agosto.
Os combustíveis caíram -1,86% em média, incluindo queda de 4,69% no etanol e de 1,45% na gasolina.
O maior impacto individual positivo do mês foi a energia elétrica. A alta da conta de luz suavizou de 5,53% em julho para 0,96% em agosto, mas ainda assim respondeu por 0,04 ponto percentual dentro do grupo de Habitação.
Foi mantida em vigor em agosto a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$0,05 por kwh consumido.
Fonte: Exame