A juíza da 1ª Vara Cível de Cuiabá, Anglizey Solivan de Oliveira, homologou a recuperação judicial da empresa de construção civil, Apolus Engenharia, que acumula dívidas de R$ 5,549 milhões. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (10) no Diário da Justiça.
A magistrada ainda negou pedido da cooperativa Sicredi que reivindicava o pagamento imediato dos empréstimos concedidos a Apolus Engenharia.
Ainda foi determinada a baixa dos protestos e retirada do nome da empresa dos cadastros de inadimplentes, por débitos sujeitos ao plano homologado, contendo a ressalva expressa de que tal providência será adotada sob acondição resolutiva de que a devedora deve cumprir todas as obrigações previstas no referido plano.
O plano de recuperação judicial deverá ser informado a Junta Comercial e aos juízes cíveis da justiça comum Estadual, de Juizados Especiais, Federais e Trabalhistas.
O objetivo da recuperação judicial é evitar que uma empresa quebre. A ideia não é apenas ajudar os donos do empreendimento, mas também evitar que trabalhadores fiquem sem emprego, que fornecedores percam um cliente, que consumidores percam um serviço ou produto e o que Estado deixe de arrecadar impostos.
Origem da crise
O pedido para evitar falência da empresa Apolus Engenharia foi protocolado em abril de 2019. Conforme a petição inicial, a empresa entrou em colapso financeiro após o governo do Estado suspender em janeiro de 2015 o pagamento em favor da empreiteira, ainda que tivesse sido devidamente comprovado.
No mesmo ano, o governo federal suspendeu os repasses do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), o que impediu a empresa de receber os pagamentos referentes a obras realizadas no âmbito da educação por até 10 meses.
No final de 2018, a empresa voltou a sofrer prejuízos altíssimos ante a ausência dos pagamentos dos contratos juntos aos órgãos públicos e até mesmo privados, devido à crise financeira instalada em Mato Grosso, não existindo outra saída que não fosse a recuperação judicial.
FONTE: FOLHAMAX