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Justiça homologa recuperação de construtora com dívidas de R$ 5,5 mi

Segunda, 13 Dezembro 2021

A juíza da 1ª Vara Cível de Cuiabá, Anglizey Solivan de Oliveira, homologou a recuperação judicial da empresa de construção civil, Apolus Engenharia, que acumula dívidas de R$ 5,549 milhões. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (10) no Diário da Justiça.

A magistrada ainda negou pedido da cooperativa Sicredi que reivindicava o pagamento imediato dos empréstimos concedidos a Apolus Engenharia. 

Também foi declarada nula a exigência de Nova Assembleia no caso  de  Descumprimento  do  plano de recuperação judicial, sendo possível, apenas, eventual pleito de modificação do plano, que haverá de ser submetido ao  crivo  da assembleia  de  credores, antes do  encerramento  porsentença do processo recuperacional. 

Ainda foi determinada a baixa dos protestos e retirada  do nome da empresa dos cadastros  de  inadimplentes, por  débitos  sujeitos  ao  plano  homologado, contendo  a  ressalva  expressa  de  que tal  providência  será  adotada  sob  acondição  resolutiva  de  que  a  devedora  deve  cumprir  todas  as  obrigações previstas no referido plano. 

O plano de recuperação judicial deverá ser informado a Junta Comercial e aos juízes cíveis da  justiça comum Estadual, de Juizados Especiais, Federais e Trabalhistas. 

O objetivo da recuperação judicial é evitar que uma empresa quebre. A ideia não é apenas ajudar os donos do empreendimento, mas também evitar que trabalhadores fiquem sem emprego, que fornecedores percam um cliente, que consumidores percam um serviço ou produto e o que Estado deixe de arrecadar impostos.

Origem da crise

O pedido para evitar falência da empresa Apolus Engenharia foi protocolado em abril de 2019. Conforme a petição inicial, a empresa entrou em colapso financeiro após o governo do Estado suspender em janeiro de 2015 o pagamento em favor da empreiteira, ainda que tivesse sido devidamente comprovado. 

No mesmo ano, o governo federal suspendeu os repasses do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), o que impediu a empresa de receber os pagamentos referentes a obras realizadas no âmbito da educação por até 10 meses. 

No final de 2018, a empresa voltou a sofrer prejuízos altíssimos ante a ausência dos pagamentos dos contratos juntos aos órgãos públicos e até mesmo privados, devido à crise financeira instalada em Mato Grosso, não existindo outra saída que não fosse a recuperação judicial. 

 

FONTE: FOLHAMAX