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Mercado financeiro reduz para 1,44% previsão de crescimento do PIB em 2018

Segunda, 03 Setembro 2018

Os economistas do mercado financeiro reduziram de 1,47% para 1,44% a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018.

A expectativa está no boletim de mercado, também conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (3) pelo Banco Central. O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.

O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Para o ano que vem, a expectativa do mercado para expansão da economia continuou em 2,50%. Os economistas dos bancos não alteraram a previsão de expansão da economia para 2019, 2020 e para 2021, que continuou em 2,5% para todos estes anos.

Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB brasileiro cresceu 0,2% no 2º trimestre de 2018, na comparação com os três meses anteriores.

O resultado foi sustentado pelo setor de serviços e pressionado por forte queda da indústria e dos investimentos, reforçando a leitura de perda de ritmo e recuperação ainda mais lenta da economia brasileira.

Inflação
Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, os economistas do mercado financeiro reduziram sua estimativa de 4,17% para 4,16% para esse ano.

Com isso, a expectativa do mercado segue abaixo da meta de inflação, que é de 4,5% neste ano, e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema. A meta terá sido cumprida se o IPCA, a inflação oficial do país, ficar entre 3% e 6% em 2018.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

Para 2019, os economistas das instituições financeiras baixaram sua estimativa de inflação de 4,12% para 4,11%. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerência do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.

Outras estimativas
Taxa de juros - O mercado manteve estável em 6,50% ao ano sua estimativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao final de 2018 – atual patamar e piso histórico. Para o fim de 2019, a expectativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Deste modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.

Dólar - A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 avançou de R$ 3,75 para R$ 3,80 por dólar. Para o fechamento de 2019, ficou estável em R$ 3,70 por dólar.

Balança comercial - Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2018 recuou de US$ 55,7 bilhões para US$ 55 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit recuou de US$ 49,8 bilhões para US$ 47,1 bilhões.

Investimento estrangeiro - A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, permaneceu estável em US$ 67 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas ficou inalterada em US$ 74 bilhões.

 

Fonte: G1