As micro e pequenas empresas brasileiras lideram os pedidos de recuperação judicial. Em outubro, das 60 solicitações, 32 foram nessa categoria. Os dados são da Serasa Experian.
O setor de serviços é o que mais tem empresas que entram com pedidos de recuperação. No mês de outubro foram 41 solicitações. Comércio e Indústria tiveram 9 cada um e o setor Primário registrou apenas uma. Em 2021, apesar da pandemia ter sido mais aguda, até outubro foram feitos menos pedidos de recuperação judicial. Há 2 fatores que explicam os números menores: facilitação das linhas de crédito nos bancos e o Pronampe, programa do governo de apoio a empresas.
Apesar de os números apresentarem estabilidade de setembro (57) para outubro (60), o economista sênior da Serasa Experian Luiz Rabi diz que a alta dos juros em 2022 devem mudar cenário. Na sua avaliação, os pedidos de recuperação devem crescer no início de 2022. “Na ausência de novas linhas especiais, o crédito vai estar mais custoso. A despesa das empresas vai ser maior. Quem precisar vai ter que pagar mais caro.” Rabi projeta que esse aumento das solicitações deve acontecer em fevereiro. De acordo com o economista, até janeiro os setores ainda terão “fôlego” do 13º salário injetado na economia e das vendas de Natal. Ele também estima, assim como outros analistas do mercado, que o Banco Central deve elevar a taxa de juros a 11% até o final do 1º trimestre de 2022.
FONTE: PODER360