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Com dívidas de R$ 2,2 mi, rádio em MT entra em recuperação judicial

Terça, 26 Outubro 2021

A juíza da 1ª Vara Cível de Recuperação Judicial e Falência de Cuiabá, Anglizey Solivan de Oliveira, autorizou o processamento da recuperação judicial da Rádio Tangará LTDA, veículo de comunicação sediado na cidade homônima de Tangará da Serra (245 KM da Capital), e que possui R$ 2,2 milhões em dívidas.

 

Com o processamento admitido pela 1ª Vara Cível de Cuiabá, a empresa de comunicação em crise tem 60 dias para apresentar seu plano de recuperação aos credores. Durante 180 dias, ações de execução fiscal, promovidas por outras organizações contra a recuperanda, ficam suspensas (período de blindagem).

Após a finalização do plano de recuperação, ele é apresentado na assembleia de credores, que poderá aceitá-lo, modificá-lo ou rejeitá-lo – neste último caso a Justiça decreta a falência do grupo.

De acordo com informações do processo, a Rádio Tangará LTDA iniciou suas atividades no ano de 1988, em Tangará da Serra, aproveitando o “boom” do crescimento do setor do agronegócio na região. “Aduz ter iniciado sua trajetória em 10 de março de 1988, quando recebeu licença de prestação de serviços de radiodifusão sonora em onda média, passando a executar os serviços de radiodifusão na cidade de Tangará da Serra, que na época passava por um “boom” do crescimento no agronegócio, comércio e serviços”, diz trecho do processo.

O veículo de comunicação, porém, queixa-se de que arrendamentos realizados a outras organizações – como a “locação” de espaços dentro da programação da rádio, por exemplo -, acabaram não sendo pagos, gerando prejuízos ao longo do tempo. “Após a formalização de instrumento particular de contrato de arrendamento da empresa com terceiros que não adimpliram os débitos devidos, os negócios sofreram grande impacto, acarretando em vários processos, negativações e protestos em nome da empresa e de seus sócios”, conta a organização.

Caso não haja aceitação do plano de recuperação da rádio, e sua falência seja decretada, o patrimônio restante da empresa de comunicação será utilizado para garantir o pagamento das dívidas.

 

FONTE: FOLHAMAX