O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,2% no 2º trimestre de 2018 em relação ao trimestre anterior.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A previsão do mercado era de 0,1%, de acordo com levantamento da Bloomberg com 29 economistas. Banco Fibra e Itaú Unibanco projetavam uma alta de 0,3%.
Foi a sexta alta trimestral seguida, ainda que bem abaixo dos 0,4% registrados no 1º trimestre.
A taxa em relação ao mesmo período do ano anterior ficou em 1%, a quinta alta seguida nesta medida, com crescimento de 1,2% na Indústria e os Serviços e queda de 0,4% na Agropecuária.
“O efeito da greve dos caminhoneiros foi mais discreto que inicialmente projetado, se configurando em grande medida como um choque isolado”, escreve Andre Perfeito, economista-chefe da corretora Spinelli.
Ainda assim, os efeitos da paralisação ficam evidentes nas quedas em setores como Transporte, Armazenagem e Correio (-1,4%) e no Comércio (-0,3%).
Grupos
Os Serviços foram o destaque com alta trimestral de 0,3%, enquanto a Agropecuária teve estabilidade e a Indústria registrou nova queda, de 0,6%.
O consumo das famílias, responsável por mais da metade do PIB do lado da demanda, subiu 0,1% na comparação trimestral e 1,7% na comparação anual.
Foi o quinto avanço seguido na base anual, algo que segundo o IBGE pode ser atribuído ao “comportamento dos indicadores de crédito para pessoa física, bem como das taxas de inflação e de juros mais baixas que as registradas no segundo trimestre de 2017”.
No setor externo, houve queda das exportações (5,5%) e das importações (2,2%) em relação ao trimestre anterior.
A formação bruta de capital fixo, medida do investimento na economia, também voltou a cair na comparação trimestral: 1,8%.
Mas na comparação anual houve alta de 3,7%, o terceiro resultado positivo após 14 trimestres de recuo.
Com isso, a taxa de investimento em relação ao PIB ficou em 16% no trimestre, acima dos 15,3% do mesmo período de 2017. Já a taxa de poupança foi de 15,7% para 16,4% do PIB no mesmo intervalo.
Fonte: Exame