Em Assembleia Geral de Credores (AGC), realizada de forma virtual no dia 15 de setembro, o Grupo Gebert teve seu plano de recuperação judicial aprovado pelos credores. O Grupo teve seu pedido de recuperação judicial autorizado pela justiça em fevereiro de 2020, com passivo de quase R$ 100 milhões, com o acordo, a estimativa é que a dívida fique em 50% desse valor, além de dois anos de carência para início do pagamento e 15 anos para liquidação total das dívidas.
Na votação do plano de recuperação judicial, foi obtido o seguinte resultado: 100% de aprovação na classe trabalhista; 87,50% de aprovação na classe garantia real; 85,42% de aprovação na classe quirografários; e, 100% de aprovação na classe de Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. Composto pelos empresários, composto pelos empresários Tarcicio Antônio Gebert, Izair Celi Milanesi Gebert, Diego Rafael Gebert e Daiane Rocheli Gebert , o Grupo aguarda agora que o plano de pagamento seja homologado na justiça.
A AGC retomou as atividades que haviam sido suspensas no ato anterior, realizado em 30 de junho, a pedido dos credores. O advogado responsável pela recuperação judicial do Grupo Gebert, Euclides Ribeiro, afirmou que esse é um dos motivos pelo qual a defesa prioriza a realização das discussões sobre o plano de pagamento por meio do Termo de Adesão, o Tacom.
“É um processo muito mais rápido, economiza tempo, diminui custos e dá mais celeridade ao andamento do processo. Mesmo neste caso, onde houve uma retomada de uma AGC suspensa, conseguimos colocar em prática os benefícios da Tacom, que permitiu que a empresa fizesse um documento de forma mais rápida com os credores que querem efetivamente negociar,” explicou.
Termo de Adesão Coletivo Majoritário, o “TACOM”
Para dar mais celeridade ao andamento do processo, a defesa do empresário optou por submeter à aprovação do plano de pagamento por meio do Termo de Adesão Coletivo Majoritário, denominado “TACOM”, um instrumento que permite substituir a tradicional Assembleia Geral de Credores (AGC) presencial.
A modalidade passou a ser permitida após a sanção da Lei 14.122/2020, de dezembro de 2020, e está em vigor desde janeiro de 2021. A referida lei, que alterou a Lei de Recuperação Judicial, e sacramentou a tese que possibilitou o pedido de recuperação judicial do produtor rural, também trouxe essa inovação e permitiu que o plano de recuperação fosse aprovado sem a necessidade de passar pela AGC presencial ou virtual.
Histórico Grupo Gebert
A história do Grupo Gebert começou no ano de 1980, quando Sigefrido Davi Milanesi, adquiriu a fazenda Buriti, com 3.400 hectares, localizada no município de Poxoréu/MT. Em 1986, os produtores Izair e Tarcirio Gebert, a convite de Sigefrido, mudaram-se para a Fazenda Buriti e começaram a trabalhar na produção rural, dedicando-se na agricultura e implementando as inovações rurais do negócio familiar.
Com o passar dos anos as atividades se diversificaram, adentrando a agropecuária, destacando a criação de bovinos para corte e ciclo completo da suinocultura, bem como a exploração agrícola, especialmente o cultivo de soja, milho, arroz, feijão e sorgo. Além disso, comércio dos produtos, bem como e beneficiamento e transformação de produtos agrícolas e pecuários e seus implementos, como a fabricação de ração para suinocultura e bovinocultura, peças de reposição, insumos agrícolas.
FONTE: FOLHAMAX