Com preços muito elevados em diversos setores da economia, o Brasil passa a ocupar o terceiro lugar no ranking de inflação da América Latina, ficando atrás apenas da Argentina e do Haiti.
No acumulado em 12 meses até julho de 2021, a inflação do Brasil chegou a 9%. Na Argentina, somou 51,8% e no Haiti, 17,9%. Os dados integram um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas. O estudo não leva em conta o desempenho da Venezuela, que vive um colapso econômico e apresenta indicadores distorcidos, que inviabilizam a comparação.
“Nós tivemos uma desvalorização cambial maior (do que os outros países) por causa do ambiente de incerteza num momento de juro baixo”, explica André Braz, pesquisador do Ibre/FGV. “Com a incerteza crescendo e os juros em 2%, no início do ano, ninguém queria ficar aqui. O investidor foi para mercados mais seguros e isso ajudou a desvalorizar a nossa moeda”, disse.
O ritmo da inflação no Brasil tem preocupado economistas. Muitos analisam que a alta de preços se espalhou por muitos setores da economia.
No relatório Focus, os analistas consultados pelo Banco Central têm piorado semanalmente as previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Eles projetam que a inflação vai encerrar este ano em 7,58%, muito acima da meta de 3,75% estipulada pelo governo.
FONTE: AFOLHAMT