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Grupo do agro que deve R$ 34,1 mi apresenta plano de recuperação em MT

Quinta, 12 Agosto 2021

A 1ª Vara Cível de Falências de Cuiabá intimou os credores do Grupo WG para a apresentação do plano de recuperação judicial da organização – sediada em São José do Rio Claro (296 KM da Capital), e que acumula dívidas de R$ 34,1 milhões. Em despacho do dia 28 de julho de 2021, A 1ª Vara Cível de Falências informou a apresentação do plano pelo Grupo WG, que agora “torce” para que a estratégia de recuperação dos negócios seja aceita pela maioria daqueles que cobram dívidas da organização. Eles tem até 30 dias para questionar o planejamento proposto.

De acordo com informações do processo, o Grupo WG é uma organização familiar que teve início no município de Pato Branco (PR), onde nasceu o patriarca Anilton Winiarski, no ano de 1958. Eles também possuem terras no Estado da região Sul.

Após se casar com Hilda Kravec, o empreendedor resolveu investir, anos mais tarde, em Mato Grosso, e adquiriu uma propriedade de 1.000 hectares, além de arrendar outros 700 hectares para exploração por 10 anos, em São José do Rio Claro.

Na safra 2012/2013 o Grupo conseguiu plantar 1.200 hectares, porém, o arrendador desistiu do negócio, fazendo com que na safra seguinte fossem plantados somente 500 hectares. A partir daí a organização passou por diversas dificuldades – como os gastos para “preparar” a terra para plantio, além de problemas climáticos.

Na safra 2015/2016 um acidente trágico prejudicou ainda mais os negócios da família. O genro de Anilton Winiarski acabou perdendo o braço numa colheitadeira. “Em razão desse acidente, todos os Requerentes tiveram que se ausentar da colheita e pedir auxílio de amigos para concluí-la, dada a situação inusitada”, diz trecho dos autos.

 A organização também reclamou das “negociações” de empréstimos, com fornecedores, e também as tradings, que na avaliação deles se transformaram numa “bola de neve”. “Os Requerentes são trabalhadores, dedicados, e estão em busca de organizar suas dívidas, porém precisam de um fôlego e uma oportunidade de poderem, junto com seus credores, chegarem num consenso, sob pena de perderem o patrimônio que adquiriram em todas essas décadas de trabalho”, defendem os empresários no processo.
 
Caso os credores aceitem o plano de recuperação – que ainda poderá ser modificado ou mesmo rejeitado -, o Grupo WG tem até dois anos para saldar as dívidas previstas na ação judicial.
 
FONTE: FOLHAMAX