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Acordo tributário do G-7

Segunda, 07 Junho 2021

O G-7 concordou, no fim de semana, em uma taxa mínima de imposto corporativo global de pelo menos 15% como parte de um acordo mais amplo sobre como tributar empresas multinacionais como Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34) e Google (NASDAQ:GOOGL) (SA:GOGL34).

“As sete nações industrializadas mais importantes hoje apoiaram o conceito de tributação mínima para empresas. Isso é uma notícia muito boa para a justiça fiscal e uma má notícia para os paraísos fiscais em todo o mundo”, disse o ministro das Finanças alemão, Olaf Scholz.

Este acordo histórico, em andamento há oito anos, marca um grande passo na reescrita de um sistema global que muitos disseram permitir que grandes empresas economizem bilhões de dólares em contas fiscais mudando jurisdições. O acordo abre caminho para taxas sobre as multinacionais em países onde elas ganham dinheiro, em vez de apenas onde estão sediadas.

“Há uma série de empresas multinacionais americanas de grande porte que acabarão pagando mais impostos em países ao redor do mundo, onde talvez no momento não seja o caso”, disse o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, em entrevista à rádio BBC.

De acordo com o comunicado após a reunião de Londres, os países onde operam grandes empresas teriam o direito de tributar “pelo menos 20%” dos lucros superiores a uma margem de 10%. Isso se aplicaria às "maiores e mais lucrativas empresas multinacionais".

No entanto, é improvável que essas empresas multinacionais sofram grandes golpes nos preços de suas ações na segunda-feira, pois ainda há muitos obstáculos a serem vencidos antes que este acordo entre em vigor.

O foco agora mudará para uma reunião de julho dos ministros das finanças do G-20 na Itália, bem como para as conversas de longa data entre cerca de 140 países na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

Além disso, a margem de 10% pode descartar a Amazon, que tem margens de lucro menores do que a maioria das empresas de tecnologia. A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse que esperava que a gigante do comércio eletrônico fosse incluída, algo com que Cormann da OCDE concordou.

No entanto, isso ilustrou dificuldade de colocar números reais em amplo acordo, e os detalhes finais ainda precisam ser apresentados a um Congresso, profundamente dividido, para aprovação.

 

FONTE: INVESTING.COM