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No radar: Troca no BB, Embraer, Eletrobras e o que mais move o mercado

Sexta, 19 Março 2021

Os índices futuros americanos operam em alta nesta sexta-feira, 19, mostrando recuperação após forte queda do dia anterior influenciada pelo salto no rendimento do tesouro de 10 anos dos Estados Unidos.

O rendimento dos treasuries – usado como termômetro no mercado para medir as expectativas de inflação nos EUA – subiu ontem para 1,75%, o maior patamar registrado desde janeiro de 2020. A taxa cedeu nesta manhã, caindo para 1,687%.

Já as bolsas asiáticas fecharam em queda, repercutindo o movimento vendedor dos EUA do dia anterior. O clima de cautela também predomina no mercado europeu, que opera em terreno negativo tanto pelo temor de inflação nos Estados Unidos quanto pela aceleração da Covid-19 na Europa, impondo novos lockdowns e pressionando o preço do petróleo. Os barris tipo WTI e Brent registraram mais de 7% de desvalorização ontem, no 5º dia consecutivo de queda.

No cenário doméstico, as notícias que devem movimentar o mercado nesta sexta-feira são: troca na presidência do Banco do Brasil, divulgação de resultados de Embraer e Eletrobras, mudança na diretoria do Banco Central e a continuidade do avanço desenfreado da pandemia.
Troca no BB

O governo federal anunciou na noite de quinta-feira, 18, a indicação de Fausto de Andrade Ribeiro para ser o próximo presidente-executivo do Banco do Brasil, após o atual mandatário do banco estatal, André Brandão, ter renunciado ao cargo.
Ribeiro, funcionário de carreira no BB desde 1988, é desde o ano passado presidente da BB Administradora de Consórcios e será o terceiro no comando do banco estatal em cerca de oito meses.

Brandão assumiu em agosto do ano passado em substituição a Rubem Novaes, que pediu demissão insatisfeito com o congelamento dos planos de privatização do BB.

Nesta segunda substituição, também foram fatores políticos que retiraram o atual presidente do cargo. Brandão estava sob pressão do presidente Jair Bolsonaro desde o início do ano, depois de anunciar medidas impopulares como o plano de fechamento de agências e o programa de demissão voluntária de funcionários.

As ações do banco recuam 21,6% neste ano, uma queda acima de seus pares, como reflexo da perda de confiança de investidores com os sinais do governo Bolsonaro de buscar uma gestão mais alinhada aos seus interesses políticos.
Brandão continuará no comando do BB até 31 de março.

 

Fonte: EXAME