O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,86% em fevereiro, após alta de 0,25% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
No acumulado de 12 meses até fevereiro, o IPCA teve alta de 5,20%, contra 4,56% cento do mês anterior. Uma pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,72% em fevereiro, acumulando em 12 meses alta de 5,06%.
Alguns segmentos da economia vem sentindo mais fortemente o aumento da inflação. O reajuste nos preços do aço, em função da valorização internacional de matérias-primas como o minério de ferro e do aumento do dólar no Brasil, deve impactar os fabricantes de eletrodomésticos, automóveis e a construção civil, entre outros.
As siderúrgicas estudam um aumento de 30% a 35% do aço até abril. Nos últimos meses, o aço tem passado por um reajuste mensal de cerca de 10%.
A indústria de bens de consumo já acusou o golpe, com aumentos de preços que chegam a 15% no caso de eletrodomésticos.
Outra preocupação é a inflação de alimentos. Entre o início de 2020 e janeiro deste ano, a cebola subiu 43,3%, enquanto a batata inglesa ficou 67% mais cara e o tomate, 40,90%. Esses três alimentos compõem uma cesta de compra recorrente nos lares brasileiros, sendo adquiridos semanalmente pela maioria das famílias do país.
É esperado um novo aumento para fevereiro e o restante do ano. Especialistas explicam que o consumidor sente mais no bolso quando os alimentos pesam na alta da inflação, justamente pela frequência de compra desses itens.
Fonte: Reuters