A expectativa do mercado para a taxa básica de juros do Brasil, a Selic, no fim de 2021 voltou a subir de 3,00% para 3,25%, após queda na semana passada. Já a projeção para a Selic no fim de 2022 subiu de 4,50% para 4,75%
As estimativas estão no Boletim Focus, que é divulgado toda segunda-feira pelo Banco Central e traz as estimativas do mercado para os principais indicadores econômicos do país.
Apesar de incomodar o seu bolso, a inflação não é uma grande preocupação para a autoridade monetária a ponto de motivar uma alta dos juros no curto prazo. No entanto, a indicação de juros parados em 2% ao ano caminha para, "em breve", sair de seus comunicados.
"Apesar da pressão inflacionária mais forte no curto prazo, o Comitê mantém o diagnóstico de que os choques atuais são temporários, mas segue monitorando sua evolução com atenção,
em particular as medidas de inflação subjacente", disse o Copom no último comunicado.
PIB
A expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 subiu de 3,40% para 3,41%, após queda na semana passada. Já a projeção para 2020 caiu de -4,36% para -4,37%, depois de subir na semana passada e após chegar à estimativa bem pessimista de -6,54% no fim de junho, em meio à pandemia. Para 2022, a estimativa foi mantida em 2,50%.
INFLAÇÃO
A expectativa para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021 subiu de 3,32% para 3,34%, após queda na semana passada. Já a projeção para a inflação em 2020 caiu pela segunda semana consecutiva, de 4,38% para 4,37%. Para 2022, a estimativa foi mantida em 3,50%.
A meta de inflação a ser perseguida pelo Banco Central é de 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, sempre com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
DÓLAR
A expectativa do mercado para o dólar no fim de 2021 foi mantida em R$ 5,00. A projeção para a moeda em 2022 também foi mantida em R$ 4,90.