Analistas do mercado financeiro reduziram pela segunda semana seguida a estimativa de inflação para este ano, de 4,15% para 4,11%. As informações estão no informe de mercado também conhecido como relatório “Focus” divulgado nesta segunda-feira (23) pelo Banco Central.
Já com relação ao Produto Interno Bruto (PIB), os analistas mantiveram em 1,50% a previsão de crescimento para este ano.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em seu último Relatório de Inflação, o BC reduziu a previsão oficial de crescimento da economia em 2018 de 2,6% para 1,6%.
Na sexta-feira (20), o governo também revisou a previsão de crescimento do PIB de 2018 de 2,5% para 1,6%. Assim, o mercado financeiro segue menos otimista que o governo com relação a previsão de crescimento da economia para este ano.
Na semana passada, os economistas de mercado ouvidos pelo BC não alteraram suas previsões de inflação e PIB para os próximos dois anos.
Para 2019, a previsão de inflação em 4,11% e a previsão de crescimento do PIB em 2,50%. Para 2020 o mercado estima uma inflação de 4% e manteve em 2,50% a previsão de crescimento da economia.
Já para 2021, os economistas reduziam a previsão da inflação de 4% para 3,95%, mas mantiveram a previsão de crescimento do PIB em 2,50%.
Taxa de juros
Os analistas do mercado financeiro também mantiveram, pela oitava semana seguida, em 6,50% ao ano sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao final de 2018.
Isso quer dizer que o mercado estima que a taxa de juros fique estável no atual patamar de 6,50% ao ano até o fechamento de 2018.
Para o fim de 2019, a estimativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Com isso, os analistas preveem alta dos juros no ano que vem.
Já para 2020 e 2021 a previsão é de manutenção da taxa em 8% ao ano.
Câmbio, balança e investimentos
Os analistas ouvidos pelo relatório Focus também não mexeram na projeção da taxa de câmbio para o fim de 2018, que ficou estável em R$ 3,70 por dólar.
Para o fechamento de 2019, a previsão para o dólar subiu de R$ 3,68 para R$ 3,70. Já a previsão do dólar para o fechamento de 2020 subiu de R$ 3,64 para R$ 3,67. Para o fechamento de 2021 passou de R$ 3,70 para R$ 3,71 por dólar.
Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2018, os analistas estimaram uma leve redução na previsão de superávit de US$ 57,81 bilhões para US$ 57,50 bilhões.
Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado ficou estável em US$ 49,3 bilhões de superávit.
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, caiu de US$ 70 bilhões para US$ 67,50 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas caiu de US$ 74,65 bilhões para US$ 70 bilhões.
Fonte: G1