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Após reabertura do comércio, 35% trocaram dinheiro físico por cartão de débito

Terça, 10 Novembro 2020

Mais um levantamento sinaliza mudanças no comportamento dos consumidores no Brasil após a pandemia, com foco em um aumento da inclusão no sistema bancário e em uma intensa digitalização do consumo.

Dessa vez, um estudo da SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) em parceria com a Toluna mostra que após. chegada da pandemia, 58% dos consumidores alteraram seus meios usuais de pagamento nas compras em lojas físicas – 35% trocaram o dinheiro físico pelo cartão de débito.

“Existe um forte movimento de redução do uso de dinheiro vivo, que vem sendo substituído pelo cartão de débito. O crescimento dos bancos digitais, o PIX e o open banking deverão reforçar a digitalização dos meios de pagamento”, analisa Eduardo Terra, presidente da SBVC.

O trabalho revela ainda que 91% dos consumidores se dizem satisfeitos com a experiência de compra on-line, dez pontos percentuais a mais do que a satisfação manifestada com as lojas físicas. Pouco mais da metade (53%) dos entrevistados estão frequentando menos o varejo físico, e 53% compram em supermercados pelo menos uma vez ao mês em canais digitais.

Além disso, 14% dos consumidores on-line compraram pela primeira vez na internet durante a pandemia, e 54% fizeram compras em estabelecimentos que utilizam serviço de “drive thru”.

A pesquisa, que ouviu mil consumidores entre o final de setembro e o início de outubro, mensurou ainda algumas mudanças na forma como as pessoas buscam atividades de lazer. “Passeios de carro se tornaram um momento de descompressão”, diz o estudo, e 19% dos entrevistados participaram de eventos em locais abertos.

“O varejo brasileiro está se digitalizando rapidamente. Boa parte desse consumo continuará on-line, já que a experiência de compra tem sido considerada melhor que a das lojas. Avançamos anos em questão de meses”, analisa Terra, da SBVC. Para ele, modelos de experiências híbridas entre físico e digital serão cada vez mais importantes.

 

Fonte: Valor Investe