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Mercado prevê inflação e PIB menores para 2018, informa BC

Segunda, 16 Julho 2018

Após oito semanas seguidas projetando inflação mais alta em 2018, os analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação para este ano de 4,17% para 4,15%.

As informações estão no relatório de mercado, também conhecido como relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (16) pelo Banco Central.

Os analistas ouvidos pelo BC estimaram um crescimento menor para o Produto Interno Bruto (PIB) do que esperavam na semana anterior. De acordo com o último relatório, os economistas esperam um crescimento de 1,50% na atividade econômica de 2018. No relatório anterior a projeção era de 1,53%.

O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em seu último Relatório de Inflação, o BC reduziu sua previsão oficial de crescimento da economia em 2018 de 2,6% para 1,6%.

Próximos anos
Para 2019, o mercado manteve em 4,10% a previsão de inflação e em 2,5% a previsão de crescimento do PIB.

Para 2020 a previsão de inflação foi mantida em 4% e a de PIB em 2,50%. Já para 2021, os economistas reduziam a previsão de crescimento do PIB de 4% para 3,75%, mas mantiveram a previsão de inflação em 4%.

Taxa de juros
Os analistas do mercado financeiro também mantiveram em 6,50% ao ano a previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao final de 2018.

Com isso, o mercado estima que a taxa de juros fique estável no atual patamar de 6,50% ao ano até o fechamento deste ano.

Para o fim de 2019, a estimativa do mercado financeiro para a Selic continua em 8% ao ano. Deste modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.

Já para 2020 e 2021 a previsão é de manutenção da taxa em 8% ao ano.

Câmbio, balança e investimentos
Os analistas ouvidos pelo relatório Focus também não mexeram na projeção da taxa de câmbio para o fim de 2018, que ficou estável em R$ 3,70 por dólar.

Para o fechamento de 2019, a previsão para o dólar subiu de R$ 3,60 para R$ 3,68. Já a previsão do dólar para o fechamento de 2020 subiu de R$ 3,63 para R$ 3,64. Para o fechamento de 2021 ficou estável em R$ 3,70 por dólar.

Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2018, os analistas mantiveram a previsão de superávit em US$ 57,81 bilhões.

Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado caiu de US$ 49,5 bilhões para US$ 49,3 bilhões.

A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, ficou estável em US$ 70 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas caiu de US$ 75,3 bilhões para US$ 74,65 bilhões.

 

Fonte: G1