Em um ano marcado por megaofertas de ações, voltam a testar mercado as operações de menor porte, com captações de até R$ 500 milhões. Mesmo que demandem menos recursos, essas transações são difíceis de emplacar quando os investidores estão mais ariscos, por isso a retomada das ofertas é uma sinalização de melhora de confiança do investidor e de potencial aumento do apetite a risco.

Segundo apurou o Valor, R$ 500 milhões é o montante que vai buscar a produtora de sementes Boa Safra, em uma oferta que será exclusivamente primária. A empresa quer levantar recursos para aquisições e ampliar seu principal mercado, que atualmente é o de soja, para outras culturas e aplicação de tecnologia. Também nessa leva, a Uni.Co, dona de marcas como Puket e Imaginarium, vai buscar entre R$ 200 milhões e R$ 400 milhões em sua oferta inicial (IPO), disseram duas fontes. Na Uni.Co, que tem a Squadra como acionista, a oferta é primária e secundária.

O tamanho médio de ofertas no Brasil é na casa de US$ 500 milhões, conforme dados da B3, acima da média americana. Com uma nova melhora de humor entre investidores para comprar ações, companhias médias e pequenas voltam a contatar gestores e bancos — ainda que tenham que reduzir suas ambições, como foi o caso da varejista Track&Field na semana passada, que levantou R$ 522 milhões.

Fonte: Valor Investe