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5 fraudes e golpes financeiros para evitar

Terça, 20 Outubro 2020

No Brasil, o prejuízo com golpes e fraudes pela internet chega a R$ 1,8 bilhão num espaço de 12 meses, segundo pesquisa da CNDL e SPC Brasil. No total, 46% dos internautas já foram vítimas de golpe.

Os criminosos estão cada vez mais convincentes nas abordagens. Mas desconfie de contatos apenas por telefone ou por Whatsapp pedindo dados ou dinheiro. E principalmente: desconfie de supostos investimentos bons demais para serem verdade.

Altos retornos e nada de risco? Provavelmente é golpe. Caia fora. Confira no episódio desta semana do #5Coisas, cinco dos golpes mais comuns e dicas para evitá-los. Abaixo deixamos também links de outras matérias que podem ajudar você a se prevenir da ação de malfeitores.

1. Falso site de cadastro do Pix

Nem o Pix, que ainda sequer começou a operar, escapou da lista dos golpistas. Agora, surgem dezenas de sites com a promessa de realizar o cadastro do Pix, mas com a intenção de roubar os dados dos usuários.

Mas saiba que parar registrar suas chaves Pix, que pode ser e-mail, celular ou CPF, você precisa acessar o site ou aplicativo de uma instituição financeira com sua senha e nome de usuário.

Essas chaves vão ser sua identificação, uma espécie de "apelido" que será usado para transferir dinheiro para você. Por exemplo, quando alguém quiser transferir uma quantia, em vez de digitar sua conta, agência, banco e CPF é só precisar de uma das suas chaves, como seu número de telefone.

2. Assessor de investimento falso

Tem gente que chega e oferece um "negócio da China", com exclusividade, um investimento novo, diferente e extremamente vantajoso.

Desconfie. Existem muitos profissionais sérios no mercado, que estudaram, passaram em exames e vivem de estudar o mercado. Mas têm aqueles que se vendem como assessor de investimento só para sumir com o dinheiro do investidor mais inexperiente.

Sempre investigue se a pessoa tem algum tipo de preparação, que investimento é este. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), existem três quesitos que podem ajudar a identificar um profissional falso:

  • A pessoa faz parte de uma instituição financeira renomada e regulamentada? Consulte a CVM e/ou o Banco Central;
  • O profissional tem a certificação necessária para atuar no que se propõe? Certificados ANBIMA e ANCORD;
  • Qual a experiência no mercado? Onde já trabalhou de instituições financeiras?

3. Fraudes no cartão

O Brasil é 2º país da América Latina com mais fraudes no cartão em compras on-line. É o golpe mais comum e ele ocorre de diversas formas.

Criminosos conseguem clonar dados do cartão para usá-lo no nome da vítima e deixá-la no prejuízo. Uma das maneiras de fazer isso é acoplando dispositivos nas maquininhas para copiar esses dados.

Existe ainda o golpe do "motoboy", em que um criminoso se faz passar por alguém do banco suspeitando de fraude no cartão e supostamente envia um motoboy para enviar o cartão. Mas na verdade está roubando o cartão.

Esse tipo de esquema vem aumentando. Uma das dicas é antes de descartar qualquer cartão retirar o chip.

Sempre confira a fatura, mesmo que não esteja fechada. O banco já faz um trabalho de rastreamento de transações atípicas, mas nada como você olhar exatamente o que está sendo cobrado para alertar o banco no caso de alguma movimentação que não reconhece.

4. Destinatário errado

Existem algumas maneiras de aplicar este golpe. Uma delas é gerando um boleto legítimo, com selo de um banco conhecido, mas com destinatário errado. Em vez de pagar uma conta ou alguém, você acaba enviando a quantia para um estelionatário.

Preste sempre atenção em todos os campos antes de pagar um boleto.

Outra maneira comum é quando fraudam o Whatsapp de alguém que você conhece e solicitam dinheiro, contando sempre alguma história de dificuldades para tentar comover. Ou às vezes, supostamente pedindo emprestado.

É importante que nem você nem seus contatos compartilhem códigos de verificação do Whatsapp com ninguém, muito menos algum desconhecido que pede essas informações em ligações telefônicas.

Muitas vezes, esses fraudadores pedem que você transfira o dinheiro da "ajuda" a conta de um terceiro, um desconhecido, alegando que o banco bloqueou a conta da pessoa que você conhece. Muito cuidado!

Sempre ligue para os seus contatos antes de fazer transferências bancárias. As transferências TED/DOC costumam ser praticamente impossíveis de reverter se o destinatário decidir que não vai devolver o dinheiro.

5. Pirâmides financeiras

As pirâmides financeiras sempre aparecem com uma cara nova. Às vezes em forma de suposto investimento, outras disfarçadas de produtos ou cursos. Existe um marketing bastante atrativo nesses esquemas, algumas vezes contam inclusive com celebridades.

Costuma funcionar assim: você faz um investimento inicial e ganha dinheiro quanto mais pessoas você conseguir trazer para o negócio. Essas pessoas ficariam abaixo de você, que aos poucos pode ir ganhando cargo ou status dentro da pirâmide.

Elas podem até ter caras diferentes, mas todas têm três coisas em comum:

  • Fazem muita gente perder dinheiro
  • São insustentáveis, porque como não investem em ativos que possam se valorizar, as pirâmides acabam sucumbindo mais cedo ou mais tarde
  • Tem como base o recrutamento de mais pessoas para remunerar. Ou seja, o dinheiro que você recebe vem de outras pessoas que você arrasta para o esquema

 

Fonte: Valor Investe