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Pix: 5 coisas para entender o novo sistema de pagamentos de uma vez por todas

Terça, 06 Outubro 2020

O Banco Central criou um novo sistema de pagamentos instantâneo, chamado de Pix. Com ele, será possível realizar transferências e pagamentos em tempo real, 24 horas por dia, todos os dias da semana, inclusive sábado, domingos e feriados.

E tudo isso será gratuito para pessoa física. No episódio dos #5CoiSas desta semana, a gente explica tudinho como você pode fazer uso do Pix para enviar e receber dinheiro com mais velocidade.

O Pix entra no ar a partir de 16 de novembro, mas o período de cadastro já está aberto para todos e é completamente grátis.

1. Afinal, o que é o Pix?

O Pix é uma nova funcionalidade criada pelo Banco Central para agilizar pagamentos. Num primeiro momento, o sistema vai ser usado para fazer transferências de uma conta para outra em apenas segundos. É como se fosse a TED ou Doc, sabe? Só que muito mais rápido e totalmente gratuito para pessoa física.

Outra novidade é que você vai conseguir fazer as transferências pelo Pix 24 horas por dia, até nos fins de semanas e feriados. Não tem essa de horário bancário como TED e DOC.

Além disso, também vai dar para pagar contas e fazer compras usando o Pix, sem cartão de crédito ou boleto. Em lojas, basta usar seu celular para escanear um QR code, que é um código da própria loja e, em segundos, o dinheiro já cai na conta do comerciante.

2. Como você pode ter o Pix?

O Pix só vai funcionar para quem já tem conta em bancos, fintechs ou carteiras digitais. Essas empresas têm de ter uma autorização do banco central para oferecer o Pix. Então o primeiro passo é você ter uma conta numa dessas instituições.

Depois você vai no aplicativo da sua instituição financeira e cadastra sua chave no Pix. A tal chave vai substituir seus dados bancários na hora de você receber um dinheiro. Quem for transferir para você só vai precisar saber a sua chave e nada mais.

Você tem direito de ter pelo menos três chaves: uma é o seu CPF, outra é o seu e-mail e a terceira é o número do seu celular.

Quando você cadastra a chave, ela será o seu dado principal no Pix. Por exemplo, se você cadastrou o seu celular, quem for te transferir dinheiro não vai precisar mais dos seus dados bancários. Apenas do número do celular. Com essa informação, o dinheiro já cai direto na conta da instituição onde você cadastrou a chave.

Você pode cadastrar cada chave numa conta bancária diferente, se quiser. E também pode pedir a portabilidade de chave se mudar de ideia e quiser cadastrar em um banco diferente.

3. Quando posso começar a usar o Pix?

Bom, você ainda vai ter que esperar um pouco. Ele só começa a funcionar no dia 16 de novembro. Mas a fase de cadastro de chaves já começou.

Você pode entrar nos aplicativos dos bancos e fintechs para registrar seu interesse em participar. Não existe data limite para esse cadastro. Você pode aderir quando você quiser.

4. Como vai funcionar? Quem poderá usar?

Quando o Pix finalmente entrar no ar, em novembro, ele vai aparecer como uma opção de pagamento dentro do aplicativo do seu banco ou carteira digital. Esses aplicativos vão ser atualizados para acomodar o PIX.

Sempre que você for fazer uma transferência, você pode optar de realizá-la pelo PIX. Só tem um detalhe: a outra ponta, para quem você quer mandar o dinheiro, também tem que ter uma chave PIX.

Se não tiver, você vai precisar fazer a transferência ou pagamento do modo tradicional, por TED, DOC ou boleto. E vai precisar de todos os dados bancários da pessoa ou empresa, do mesmo jeito que fazemos hoje em dia.

5. O Pix é seguro?

O que os especialistas estão dizendo é que o PIX terá o mesmo nível de segurança que outras funcionalidades do mercado financeiro. O Pix só funciona se você estiver logado no aplicativo do seu banco. Nenhum pagamento pode ser realizado por Pix sem você ter colocado sua senha ou dados biométricos.

Pode haver, sim, tentativas de fraude.

Mas se você ficar atento pode tentar evitá-las. Por exemplo, nunca passe sua senha para ninguém, nem por telefone, nem por mensagem. E nunca, jamais, forneça os códigos de confirmação de chave enviados para os seu celular ou e-mail.

 

Fonte: Valor Investe