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Ata do Copom reitera projeções e vê inflação abaixo da meta

Terça, 22 Setembro 2020

Os integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avaliaram que “diversas medidas de inflação subjacente permanecem abaixo dos níveis compatíveis com o cumprimento da meta para a inflação no horizonte relevante para a política monetária”, mostrou ata da reunião de semana passada do colegiado, divulgada há pouco.

O documento voltou a informar as projeções de inflação do Copom, que já haviam sido divulgadas na semana passada, no comunicado da decisão que manteve a Selic em 2%, interrompendo nove cortes consecutivos na taxa básica.

De acordo com o comitê, a inflação ao consumidor deve se elevar no curto prazo, apoiada pela alta temporária nos preços dos alimentos e pela normalização dos índices de mobilidade e do nível de atividade.

O Copom aponta, ainda, que os preços administrados devem apresentar variação contida, “destacando-se o recuo nas tarifas de plano de saúde em setembro e a queda projetada para o preço da gasolina a partir de outubro”.

De acordo com o documento, no cenário híbrido, com trajetória de juros da pesquisa Focus e taxa de câmbio constante com o dólar a R$ 5,30, as projeções para a inflação se situam em torno de 2,1% para 2020, 2,9% para 2021 e 3,3% para 2022.


O cenário supõe trajetória de juros que encerra 2020 em 2% e que alcança 2,5% em 2021 e 4,5% em 2022. Nesse cenário, as projeções para a inflação de preços administrados são de zero para 2020, 4,3% para 2021 e 3,7% para 2022.

Já no cenário com taxa de juros constante a 2% e taxa de câmbio constante com o dólar a R$ 5,30, as projeções de inflação estão em torno de 2,1% para 2020, 3,0% para 2021 e 3,8% para 2022. Nesse cenário, as estimativas para a inflação de preços administrados são de zero para 2020, 4,3% para 2021 e 3,9% para 2022.

 

Fonte: Valor Investe