Os integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avaliaram que “diversas medidas de inflação subjacente permanecem abaixo dos níveis compatíveis com o cumprimento da meta para a inflação no horizonte relevante para a política monetária”, mostrou ata da reunião de semana passada do colegiado, divulgada há pouco.
O documento voltou a informar as projeções de inflação do Copom, que já haviam sido divulgadas na semana passada, no comunicado da decisão que manteve a Selic em 2%, interrompendo nove cortes consecutivos na taxa básica.
De acordo com o comitê, a inflação ao consumidor deve se elevar no curto prazo, apoiada pela alta temporária nos preços dos alimentos e pela normalização dos índices de mobilidade e do nível de atividade.
O Copom aponta, ainda, que os preços administrados devem apresentar variação contida, “destacando-se o recuo nas tarifas de plano de saúde em setembro e a queda projetada para o preço da gasolina a partir de outubro”.
De acordo com o documento, no cenário híbrido, com trajetória de juros da pesquisa Focus e taxa de câmbio constante com o dólar a R$ 5,30, as projeções para a inflação se situam em torno de 2,1% para 2020, 2,9% para 2021 e 3,3% para 2022.
O cenário supõe trajetória de juros que encerra 2020 em 2% e que alcança 2,5% em 2021 e 4,5% em 2022. Nesse cenário, as projeções para a inflação de preços administrados são de zero para 2020, 4,3% para 2021 e 3,7% para 2022.
Já no cenário com taxa de juros constante a 2% e taxa de câmbio constante com o dólar a R$ 5,30, as projeções de inflação estão em torno de 2,1% para 2020, 3,0% para 2021 e 3,8% para 2022. Nesse cenário, as estimativas para a inflação de preços administrados são de zero para 2020, 4,3% para 2021 e 3,9% para 2022.
Fonte: Valor Investe