O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quinta-feira (5) a criação de um programa para desenvolvimento de empresas de tecnologia, as chamadas startups.
O BNDES Garagem vai auxiliar na criação de empresas e no desenvolvimento do negócio. O espaço onde o programa vai funcionar contará com escritórios, laboratórios e áreas para eventos.
Segundo o presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, o banco não terá nenhuma linha de crédito nova direcionada exclusivamente para essas startups, mas elas terão acesso às linhas já existentes. Entre elas estão fundos de investimentos dos quais o BNDES faz parte, como o Fundo Anjo, que tem R$ 100 milhões para investimentos em startups.
O BNDES também não terá, a princípio, nenhuma participação societária nas startups selecionadas para o BNDES Garagem.
"O BNDES vai criar um espaço para apresentar os seus negócios também. É uma estratégia de relacionamento comercial", explicou. Segundo Dyogo, o programa vai gerar oportunidades de negócios para o banco.
Chamada pública
Na sexta-feira (6) o BNDES lançará a chamada pública para contratar a aceleradora que administrará o espaço. Ainda em 2018 o BNDES fará a seleção de 60 startups, sendo que 30 serão para a criação de novas startups, ou seja, o BNDES vai selecionar a ideia do projeto.
Em 2019, o BNDES vai selecionar outras 60 startups para participarem do centro de desenvolvimento. Também está previsto para o próximo ano a definição da sede definitiva do BNDES Garagem, que até lá funcionará em um local provisório.
O orçamento previsto para a operação do centro durante os dois anos é de R$ 10 milhões. O centro ficará no Rio de Janeiro.
Segundo Oliveira, a criação do BNDES Garagem faz parte da estratégia do banco para aumentar a participação de pequenas e médias empresas nos desembolsos da instituição.
De janeiro a maio de 2018, 50,7% dos desembolsos do BNDES foram destinados a micro, pequenas e médias empresas. Segundo Dyogo, isso representa mais de R$ 10 bilhões destinados a essas empresas.
De acordo com presidente do BNDES, a média histórica dos empréstimos destinados a pequenas e médias empresas é de 30% e em 2017 chegou a 40%. "O BNDES está mudando a sua cara, o seu foco de atuação", disse.
Fonte: G1