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Com mais estímulos monetários e fiscais, Brasil sofre menos na América Latina

Segunda, 24 Agosto 2020

Ainda longe de ter um controle efetivo da pandemia e com o maior número de casos de covid-19 na América Latina, o Brasil tem mostrado desempenho melhor da atividade econômica no curto prazo frente a seus pares da região, graças a uma dose maior de estímulos fiscais e monetários.

O grande destaque é o auxílio emergencial de R$ 600. Não só a queda do PIB no segundo trimestre deve ser menor por aqui, mas também a recuperação desenhada pelos dados recentes de alta frequência tem sido mais expressiva.

Tomando como ponto de partida o quarto trimestre de 2019, o Brasil é, ao lado do Chile, o país em que a economia deve encolher menos de abril a junho, com retração de 10,6%, segundo projeção do UBS. Na lanterna, o PIB do Peru deve ter diminuído 27,7% em igual intervalo. No México, o tombo também deve ser grande, de 19,3%, e, na Colômbia, onde o número já é conhecido, o PIB recuou 16,9%.

Todos os resultados devem ser a pior queda trimestral já vista em cada país. Como o fundo do poço foi sem precedentes, é normal que haja reação acelerada no curto prazo. E o Brasil também parece ter largado na frente.


Fonte: Valor Investe