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Crédito imobiliário surpreende com ritmo superior ao pré-crise

Terça, 18 Agosto 2020

Quem tomaria uma decisão de longo prazo no meio de uma pandemia que colocou em dúvida a manutenção dos empregos, mudou o jeito de trabalhar e até de viver? Pode parecer surpreendente, mas milhões de brasileiros estão dando esse passo e contratando crédito imobiliário - cujos prazos vão de 30 a 35 anos - no meio desse cenário nebuloso.

O financiamento habitacional foi a linha que mais cresceu nos balanços de alguns bancos no segundo trimestre. Depois de uma estremecida no fim de março, as concessões já estão acima do patamar que se via no início do ano. Foram liberados em junho R$ 9,27 bilhões, volume que o torna o mês mais aquecido desde janeiro de 2015, conforme dados da Abecip, a associação das instituições financeiras que atuam no segmento. Os dados de julho ainda não foram divulgados, mas as instituições financeiras sinalizam que virão ainda mais fortes.

“Quando a crise começou, foi uma insegurança geral, aquela sensação de desastre iminente. Mas o que se viu foi quase uma recuperação em V”, afirma o diretor de crédito imobiliário do Bradesco, Romero Albuquerque.

A demanda natural por habitação (casamentos, nascimentos, divórcios etc.) e o repensar da moradia provocado pelo isolamento social ajudam, mas nada representa um empurrão tão forte no crédito imobiliário quanto a redução das taxas de juros.

 

Fonte: Valor Investe