O índice de desemprego no Brasil recuou para 12,7% no trimestre encerrado em maio. Isso significa que 13,2 milhões de pessoas estão desempregadas no país. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da pesquisa Pnad Contínua.
A taxa ficou abaixo da registrada no trimestre terminado em abril, quando o índice foi de 12,9%, e também na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (13,3%). O número de desempregados também caiu em relação aos dois períodos - em abril eram 13,4 milhões, e no mesmo trimestre de 2017 eram 13,8 milhões.
Os dados do IBGE sugerem, entretanto, que o recuo do desemprego foi impactado pela menor procura por emprego, e não exatamente à melhora do mercado de trabalho. No trimestre encerrado em maio, o país somava 65,4 milhões de pessoas fora da força de trabalho, contra 65,2 milhões no trimestre até abril. Essa população cresceu 475 mil pessoas (0,7%) na comparação com o trimestre de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, houve expansão de 1,6% (acréscimo de 1 milhão de pessoas).
No primeiro 1º trimestre, a subutilização da força de trabalho e o desalento no Brasil bateram recorde, segundo divulgado anteriormente pelo IBGE.
Ocupação
Segundo o IBGE, a população ocupada foi estimada em 90,9 milhões no trimestre até maio, apresentando estabilidade em relação ao trimestre terminado em fevereiro. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, houve alta de 1,3%.
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 53,6% no trimestre até maio, uma redução de -0,2 ponto percentual frente ao trimestre terminado em fevereiro (53,9%). Em relação a igual trimestre de 2017, houve estabilidade.
A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimada em 104,1 milhões de pessoas, com estabilidade com o trimestre terminado em fevereiro e avanço de 0,6% em relação a 2017 (acréscimo de 663 mil pessoas).
Carteira assinada
O número de empregados com carteira assinada somou 32,8 milhões, redução de 483 mil pessoas em relação ao mesmo trimestre do ano passado, e de 351 mil pessoas no confronto com o trimestre de dezembro a fevereiro.
Já o número de empregados sem carteira de trabalho assinada foi de 11,1 milhões, aumento de 597 mil pessoas em relação ao mesmo trimestre do ano passado e de 307 mil pessoas no confronto com o trimestre de dezembro a fevereiro.
A categoria de trabalhadores por conta própria somou 22,9 milhões de pessoas, apresentando um adicional de 568 mil pessoas em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já a categoria dos trabalhadores domésticos (6,1 milhões de pessoas) apresentou queda no confronto com o trimestre de dezembro a fevereiro. Frente ao trimestre de março a maio de 2017, o cenário foi de estabilidade.
Fonte: G1