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40% dos investidores do mundo estão migrando dos fundos tradicionais para ETFs

Segunda, 27 Julho 2020

Os ETFs (Exchange-Traded Fund, na sigla em inglês) estão ganhando cada vez mais adeptos no mundo, aponta levantamento do instituto de pesquisas do mercado financeiro Greenwich Research, divulgada nesta quinta no evento Expert XP.

Esses produtos são fundos negociados em bolsa, que costumam seguir algum índice, seja de renda fixa, seja de renda variável. No Brasil, os mais conhecidos são o Bova11 e o Bovv11, que acompanham o Ibovespa.

De acordo com a pesquisa, feita no contexto da pandemia da covid-19, 40% dos investidores que contam com alguma assessoria financeira estão tirando dinheiro dos fundos de investimento tradicionais para colocar em ETFs.
O estudo, encomendado pela rede social LinkedIn, ouviu agentes autônomos, assessores, consultores e planejadores financeiros sobre o comportamento de seus clientes investidores.

Globalmente, só 18% dos investidores fazem o movimento oposto, saindo dos ETFs para os fundos tradicionais.

Movimentação de investidores entre fundos e ETFs

Localização De fundos tradicionais para ETFs De ETFs para fundos tradicionais Não mudaram
EUA/Canadá 44% 7% 49%
Europa 35% 33% 32%
Asia 43% 23% 35%
América Latina 31% 36% 33%
Brasil 29% 28% 43%
Média global 18% 40% 41%


A migração para os ETFs é ainda mais forte entre investidores do Canadá e dos Estados Unidos, chegando a 44%, enquanto o caminho inverso é percorrido por apenas 7% deles.

No Brasil, o cenário é bem mais equilibrado. Por aqui, 29% estão saindo dos demais fundos para ETFs e 28% fazem o caminho inverso. A maioria dos investidores brasileiros (43%), no entanto, não fez nenhuma dessas mudanças no portfólio.

Recomendações
A pesquisa perguntou ainda aos assessores financeiros, de agentes autônomos a consultores, sobre os principais aspectos mais influenciam na hora de recomendar ETFs ou fundos de investimentos para clientes.

  • 57% responderam que o resultado histórico de rentabilidade do produto é o fator mais influente
  • 37% consideram as taxas de administração mais baixos um fator importante
  • 35% destacaram a relação com a gestora ou gestores do fundo ou ETF
  • 32% mencionaram que recomendam produtos com taxas de transação baixas ou zeradas

 

Fonte: Valor Investe