O setor de fundos de investimentos fechou o primeiro semestre com resgates líquidos de R$ 16,2 bilhões, com o patrimônio líquido da indústria praticamente estável em relação ao fim de 2019, com R$ 5,5 trilhões. Os dados foram divulgados nesta manhã pela Anbima, entidade que representa o mercado de investimentos e de capitais.

Após declarada a pandemia, em março, as saídas superavam as captações em R$ 113,8 bilhões no terceiro mês da crise, o que representava 2,1% do total do patrimônio do setor em 2020.

Na crise de 2008, iniciada em setembro, o pior resgate acumulado tinha sido no quarto mês do colapso disparado pela quebra do americano Lehman Brothers, com R$ 50 bilhões, o que na época equivalia a 4,3% do estoque do setor.

Durante o ciclo da covid-19, junho foi o primeiro mês de captação líquida positiva, tendo atraído R$ 50,1 bilhões. Isoladamente, o pior mês foi em abril, com saques de R$ 84,8 bilhões nesse período.

A sangria tem sido especialmente sentida nos fundos de renda fixa, com R$ 95,2 bilhões de resgates acumulados no primeiro semestre, o que representa 1,72% do patrimônio do setor.

Nesta classe, o tipo renda fixa duração alta soberano tem desvalorização média de 1,7% no ano. Ações livre perde 12,3%, e os de small caps, 20,3%. O Ibovespa recuou 17,8% no período. Os multimercados macro ficaram praticamente estáveis, com alta de 0,3%. O destaque ficou para os fundos mistos com investimento no exterior, que ganharam 5,8%.

Fonte: Valor Investe